AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

07 outubro, 2009

Carta ao BB aprovada na assembléia de ontem em Brasilia

Sr. Presidente, Vice Presidentes, Diretores e Diretoras


O funcionalismo do BB é representado por suas entidades sindicais, assim como a Fenaban, representação patronal, negocia pelos Bancos. Consideramos absolutamente desrespeitosa a mensagem de vossas senhorias encaminhada diretamente a cada colega do BB, conclamando o funcionalismo a retornar ao trabalho e desrespeitar as deliberações das assembleias, verdadeiro espaço democrático dos trabalhadores. Essa postura, além de inadequada, pode estimular ainda mais seus administradores a agirem de forma assediadora e a violarem o direito à greve, com ameaças de descomissionamentos e perseguições desnecessárias.

A unidade dos trabalhadores não tem preço, nem será colocada em xeque com voto de confiança para ninguém, mesmo que tenha boas intenções,principalmente porque, se houver mudança desse grupamento que dirige a empresa neste momento, nenhum sucessor garantirá suas palavras. Portanto o movimento sindical precisa de propostas concretas da representação patronal para avaliar e decidir os rumos da greve.

A greve é justa nas suas razões tanto econômicas quanto sociais (saúde e condições de trabalho) porque está centrada na valorização do trabalhador e não do lucro/resultado a qualquer custo. Buscamos justiça nas relações de trabalho e de consumo. Lutamos contra a ganância e a insensibilidade do mercado financeiro no qual o Banco do Brasil se espelha tanto para produzir seus resultados quanto para implementar sua política de pessoal.

O funcionalismo do BB já cedeu por algumas vezes e se arrependeu. E na maioria das vezes recebeu por imposição medidas administrativas e reestruturações desmensuradas que só pioraram suas condições de trabalhos, além de verem seus direitos reduzidos ou burlados. Comecemos com as fraudes na jornada de trabalho e nas substituições, depois na mudança unilateral do PCS, contratações diferenciadas e na retirada dos anuênios; por fim, na mudança da trava para transferências e concorrências.

Temos certeza de que os que estão trabalhando não é por acreditarem no diálogo, mas sim por medo da violência organizacional imposta nos locais de trabalho, com metas inatingíveis, impostas pelo modelo atual de “acordo de trabalho”, cobradas a todo momento com as sinergias (superação), priorizações, metas individuais etc, inclusive via “torpedos” que ameaçam não conceder PLR ou retirar comissões, descumprindo os próprios normativos do banco.

Não só “esse contingente tem se esforçado para manter a normalidade dos serviços para os nossos clientes”, mas todo o funcionalismo do BB tem feito isso durante todo o ano, porque a produção exigida é sempre maior que sua capacidade ou do que suas condições de trabalho permitem.

Então, senhores, a greve continua e vai ser ampliada....

Sindicato dos Bancários de Brasília

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