AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

29 dezembro, 2005

Banrisul - código de ética para quem?

Código de ética para quem?...

Em plena semana de festas de natal e virada de ano o patronato do banrisul não dá trégua aos seus funcionários e, num verdadeiro jogo sujo premiou metade deles e discriminou a outra metade obrigando-os a se mobilizar e irem à luta contra mais esse ataque. Essa atitude do banrisul “rasga” o código de ética feito pelo próprio banco que obriga que os funcionários o cumpram.

Do site www.bancariospoa.com.br - 29/12/2005 - 12:34
Funcionários paralisam Banrisul e exigem igualdade de tratamento
Cerca de 500 banrisulenses mostraram a sua indignação, paralisando até as 11h desta quinta-feira, dia 29, o edifício-sede do banco, no centro da capital. A agência Central funcionou parcialmente. O protesto foi contra a discriminação praticada pela diretoria do Banrisul na madrugada do último sábado, dia 24, quando creditou um prêmio de dois salários para 253 funcionários da área de informática na Direção Geral, totalizando R$ 1.357.068,05. Um presentão de Natal!

Saúde Caixa terá alguns reajustes em janeiro

Fonte: Fábio Jammal Makhoul – CNB/CUT
Publicado em: 29/12/2005

Para garantir o equilíbrio financeiro do Saúde Caixa, a mensalidade do beneficiário indireto e o teto do resseguro serão reajustados a partir de janeiro. A medida estava prevista no Acordo Coletivo de Trabalho firmado com a Caixa Econômica Federal e o objetivo é manter a sustentabilidade do plano. Com o aumento, a mensalidade do beneficiário indireto passa a ser de R$ 43,32 e o teto do resseguro de R$1.200.

“Diversos fatores influenciaram nos custos do plano de saúde, entre eles a inflação médica, a grande quantidade de materiais importados, as novas tecnologias e a implantação da nova tabela de procedimentos médicos, que estabelece preços mínimos a serem praticados pelas operadoras”, explicou Plínio Pavão, secretário de Saúde da CNB/CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa). A proposta de reajuste foi apresentada em estudo atuarial e já foi apreciada pelo Conselho de Usuários e pelo Gt Saúde, que aprovaram no último dia 27 o aumento por unanimidade. “A princípio defendemos um reajuste menor, com a proposta de R$ 1000 para o teto do resseguro e de R$ 35,92 para a mensalidade dos dependentes indiretos. Levamos em conta a inflação do período de julho de 2004, quando o novo Saúde Caixa foi implantado, a dezembro de 2005 e somamos a inflação projetada para 2006. Mas esses valores não garantiriam a sustentabilidade do plano para o exercício futuro, como nos revelaram as simulações. Assim, chegamos ao consenso dos novos valores que garantirão um superávit de cerca de R$ 800 mil no final de 2006”, detalhou Plínio. O dirigente esclareceu que continua valendo o percentual de 2% da remuneração base para a mensalidade do grupo familiar, conforme prevê o Acordo Coletivo de Trabalho. Resseguro O resseguro é um instrumento que regula a utilização do plano de saúde. Desde a implantação do novo Saúde Caixa, em julho de 2004, seu valor foi de R$ 763 para todo o grupo familiar. Mas segundo a empresa, “existe um grande número de titulares que já no primeiro trimestre de 2005 atingiu este teto, passando a utilizar no restante do período sem desconto de participação”. Plínio informou que a Comissão dos Empregados e a Caixa, por meio do GT Saúde e do Conselho de Usuários, continuam trabalhando em cima dos estudos atuariais para aperfeiçoar o formato de receita do Saúde Caixa.

28 dezembro, 2005

Que a imprensa burguesa pare de perseguir aos verdadeiros jornalistas que fazem da sua profissão uma ferramenta de luta por justiça

[http://www.riosvivos.org.br/canal.php?canal=64&mat_id=8231]

22/12/2005

O jornalista paraense LÚCIO FLÁVIO PINTO, editor do Jornal Pessoal, necessita do apoio incondicional da opinião pública brasileira por ser vítima permanente de perseguições e injustiças em represália à sua determinação de buscar a verdade no cumprimento dos preceitos universais do jornalismo. Entre os que querem calar Lúcio Flávio encontram-se os dirigentes do grupo de comunicação Organizações Rômulo Maiorana (ORM) e representantes da Justiça do Pará. A indignação se estende a entidades como a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Organizações Globo e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção do Pará, pela omissão acerca das agressões, inclusive físicas, praticadas por integrantes do Grupo de Comunicação Organizações Rômulo Maiorana (ORM), que tem tentado de diversas formas calar a voz do jornalista LÚCIO FLÁVIO PINTO em defesa da terra e do povo da Amazônia. O Grupo ORM detém os direitos de retransmissão da Rede Globo no Pará. LÚCIO FLÁVIO PINTO é um ícone da profissão no Brasil e no Pará, tendo recebido diversos prêmios, entre eles o Esso, o mais prestigiado da imprensa nacional. Este ano, ele foi um dos escolhidos para receber, em Nova York, o Prêmio Internacional da Liberdade de Imprensa, concedido pela organização Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ - Committee to Protect Journalists). O CPJ é uma organização dedicada à defesa liberdade de imprensa. Por causa dos processos, LÚCIO FLÁVIO PINTO tem sido impedido de se ausentar do Pará. Na entrega do prêmio da CPJ, está sendo representado por sua filha, Juliana da Cunha Pinto. O jornalista responde a 19 processos na Justiça do Pará, decorrentes de informações publicadas no Jornal Pessoal, uma publicação quinzenal editada por ele há mais de dez anos. Se ele deixar a cidade de Belém, pode perder o prazo para algum recurso ou sofrer uma condenação, que, eventualmente, pode levá-lo a pagar uma multa ou, pior, à prisão. A maioria desses processos é movida por integrantes da família Maiorana, da Rede ORM, que edita o jornal O Liberal (o maior do Pará) e dona da TV Liberal, afiliada da Rede Globo. Em janeiro, em um restaurante de Belém, LÚCIO FLÁVIO PINTO foi brutalmente espancado por Ronaldo Maiorana, com o auxílio de dois guarda-costas. Mesmo com queixa na delegacia e exame de corpo delito, Maiorana abriu mais um processo contra Lúcio, dizendo ter sido o jornalista o agressor. Em outro processo, Maiorana quer impedir o jornalista de publicar qualquer informação acerca da família Maiorana, num ato de censura prévia. LÚCIO FLÁVIO PINTO é o único jornalista brasileiro vítima da perseguição implacável de uma empresa jornalística, o* grupo ORM, que é um dos financiadores do portal Liberdade de Imprensa, criado em parceria da Unesco e Associação Nacional de Jornais(ANJ)*. O diretor do grupo, Ronaldo Maiorana, que espancou o jornalista, preside a Comissão em Defesa da Liberdade de Imprensa da Ordem dos Advogados do Brasil - Pará. Você pode enviar uma mensagem exigindo o fim das perseguições ao jornalista LÚCIO FLÁVIO PINTO. Abaixo segue a carta que será enviada para o grupo ORM, Organizações Globo, OAB-Nacional, OAB-Pará, ANJ e Tribunal de Justiça do Pará.

Rosa Parks

Por *Michael Moore*, 2/12/2005

Amigos Acredito que todos nós deveríamos parar por um momento para relembrar o simples, significativo e audacioso ato de coragem e dignidade de Rosa Parks, quando ela se recusou a ir para a parte de trás de um ônibus porque a lei dizia que ela tinha a cor de pele errada. Os maiores momentos na história, aqueles que realmente importaram e nos levaram para um lugar melhor, são ancorados por estes atos singulares de pessoas comuns, que não puderam mais tolerar as bobagens e atitudes sem sentido daqueles que estão no comando. Hoje, seja por um estudante que se manifesta contra os recrutas do exército no colégio ou pela mãe de um soldado morto que se recusa a deixar o portão da frente do rancho do presidente, nós continuamos a ser salvos pela brava gente que se expõe ao ridículo e à rejeição, mas que conseguem atrair a atenção da opinião pública na direção do que é correto. Temos enormes débitos de gratidão com essas pessoas. Não é fácil se mobilizar para o que é certo, especialmente quando todos estão com medo de deixar o confortável caminho do conformismo. Rosa Parks talvez estivesse sozinha no ônibus no momento da sua prisão, mas ela não ficou sozinha por muito tempo. A velha ordem foi abalada, o mundo se abriu e, como pessoas, nos foi dada a chance de um pouco de redenção. Talvez, o melhor jeito de celebrar o mais importante dia da história americana seja perguntar para você mesmo como pode fazer a diferença hoje. Que risco você pode correr com isso? O que está esperando para dizer aos seus companheiros de trabalho ou colegas de classe o que tinha medo de dizer, mas que no fundo do seu coração você sabe que precisa ser dito? Por que esperar outro dia para dizer? Provavelmente, não há melhor maneira de honrar Rosa Parks – e você mesmo – do que dar um basta à injustiça que você vê, não permitindo que ela continue nem por um segundo mais. Faça algo! E depois me mande um e-mail ( contributions@michaelmoore.com) dizendo que atitude tomou (irei publicar o máximo que puder). Cinqüenta anos depois, o ônibus em que agora nos encontramos poderia ter um pouco mais de gente corajosa e disposta a dizer "Basta! Já chega. Eu não vou aturar mais." Cordialmente,

A luta armada na Colombia

Paramilitares quebram trégua e executam oito na Colômbia


Reuters

18:38 27/12
BOGOTÁ, Colômbia (Reuters) - Paramilitares de extrema direita colombianos romperam o cessar-fogo com o governo no início deste mês após um confronto com rebeldes marxistas que acabou na execução de oito pessoas, afirmou nesta terça-feira a Organização dos Estados Americanos (OEA).

Leia abaixo o texto
A organização ilegal Forças Unidas de Auto Defesa da Colômbia (AUC, na sigla em espanhol), que espalhou terror no país andino durante mais de uma década em nome do combate aos insurgentes marxistas, matou oito pessoas numa batalha contra os rebeldes da cidade de Curumani, noroeste do país, entre 4 e 5 de dezembro, afirmou a OEA, que monitora oficialmente os processos de paz entre os paramilitares no país.
"Segundo informações de moradores, reféns foram executados após o confronto. Oito corpos foram encontrados e uma pessoa de 16 anos está desaparecida", afirmou Sergio Caramagna, da OEA, a uma rádio local.
Ele não soube informar quantas pessoas no total foram mortas no conflito entre os paramilitares e o Exército de Libertação Nacional (ELN), grupo de inspiração cubana.
Cerca de 11 mil dos 20 mil homens da AUC depuseram suas armas graças às negociações de paz com o governo iniciadas em meados de 2003.
Críticos do programa, incluindo grupos de direitos humanos e alguns congressistas norte-americanos, afirmam que o governo não está forçando a AUC a acabar com suas operações de tráfico de drogas e outras redes criminosas.
A violência na Colômbia diminuiu devido às negociações de paz, apesar de o governo admitir que a AUC costuma quebrar o cessar-fogo regularmente.
A AUC originou-se das milícias criadas por traficantes de cocaína e fazendeiros para combater os rebeldes marxistas envolvidos na guerra de guerrilha que já dura 41 anos.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)

26 dezembro, 2005

CRIMES NEFANDOS DE LESA-HUMANIDADE

As imagens apresentadas nesta video-animação são chocantes. Elas mostram os crimes de guerra cometidos no Iraque, no Kosovo e no Afeganistão por meio de munições fabricadas com urânio empobrecido (depleted uranium). O encobrimento destes factos tem sido uma política sistemática da imprensa burguesa do mundo ocidental, brasileira inclusive. Por sua vez, a chamada 'comunidade internacional' finge ignorar os crimes do governo dos EUA tal como no passado fingiu ignorar os crimes da Alemanha hitleriana.

25 dezembro, 2005

Reunião da Conlutas altera data do Conat

Congresso Nacional dos Trabalhadores será nos dia 5, 6 e 7 de maio, em Sumaré (SP). Coordenação também definiu valores das taxas


Yara Fernandes
da redação


• Nos dias 13 e 14 de dezembro, ocorreu em Brasília a última reunião do ano da coordenação da Conlutas. O principal debate foi a preparação do Conat, mas a reunião também discutiu a conjuntura nacional, os eixos políticos de atuação e as finanças da Conlutas.

Uma das deliberações importantes da reunião, no ponto de conjuntura, foi sobre a necessidade de atualizar os eixos políticos. Decidiu-se por tomar como eixo geral, que unifique a luta para o próximo período, a campanha contra o pagamento das dívidas externa e interna. Além desta campanha central, também foram discutidas outras lutas a serem encaminhadas, como a pela anulação da reforma da Previdência, contra a reforma Sindical, pela valorização do salário mínimo. Também foi aprovada a participação no Fórum Social, na Venezuela, como uma oportunidade de participar e divulgar a Conlutas na América Latina, além de convidar entidades de outros países para participarem do Conat.

Rumo ao Conat
Sobre a preparação do Conat, os informes foram animadores. De acordo com os estados, cerca de 200 entidades e 80 oposições sindicais já se definem pela Conlutas e também cresce a participação dos movimentos sociais e de juventude. As discussões na base também avançam. Já foram realizados encontros em sete estados e em algumas regiões, além das discussões realizadas em cada entidade, através de plenárias e congressos. Em outros estados, estão em preparação encontros para o início de 2006.

Baseado na consulta sobre melhores lugares e preços, a reunião decidiu alterar a data do Congresso para os dias 5, 6 e 7 de maio, em Sumaré (SP). Com a mudança de data, será preciso organizar a participação nas manifestações de 1º de maio, já que a programação inicial do Congresso previa o término do evento com um ato unificado no dia 1º.

Sobre as taxas de inscrição dos delegados, foram aprovados os valores, mesmo com o risco de ter que alterá-los futuramente, já que não se sabe ao certo o custo total do Congresso. Mas a aprovação da taxa era importante, para que as entidades já organizem desde já atividades de arrecadação financeira e garantam a participação dos delegados.

A reunião deliberou por uma taxa com valor diferenciado, para diminuir a desigualdade no esforço financeiro para o transporte de delegado, já que as regiões mais distantes gastarão mais para se deslocarem até o local do Congresso. Para delegados do Norte, Nordeste, Centro Oeste, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo, a taxa será de R$ 120 por delegado; para delegados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná, a taxa será de R$ 180; para delegados do estado de São Paulo, a taxa será de R$ 220. As oposições sindicais, movimentos populares e estudantes de qualquer região do país terão o valor de taxa de R$ 120 por delegado. Alem da taxa, será feito um pedido de contribuição às entidades nacionais para ajudar no custeio do Congresso.

A próxima reunião da coordenação nacional da Conlutas ficou marcada para o dia 2 de fevereiro, na sede da Fenafisco, em Brasília, e deverá definir a dinâmica do Conat e os critérios de participação de observadores.

23 dezembro, 2005

A verdadeira face sanguinária da ocupação do Haiti por Bush e Lula

Declaração da cantora e ativista popular haitiana, prisioneira política Annette Auguste, querida cantora popular haitiana conhecida como Sò Anne (Irmã Anne), apartir da Penitenciária de Pétionville, Haiti, em 24 de maio de 2004. Há mais de um ano está presa.

Falo hoje para o mundo como uma prisioneira de consciência no Haiti, mantida em detenção por minhas opiniões e convicções políticas. Fui presa em 10 de maio [de 2004] em Delmas, um subúrbio da capital haitiana Porto Príncipe, por marines dos Estados Unidos, que assaltaram brutalmente meu lar no meio da noite com explosivos e armamento pesado, aterrorizando a todos, especialmente as crianças pequenas de minha família. A única segurança que tínhamos eram nossos dois pequenos cães, que eles mataram ao invadirem o quintal, e depois usaram explosivos para fazer em pedaços a porta da frente de nossa casa. Nunca poderei esquecer ou perdoar o trauma que esses homens causaram aos mais jovens e mais vulneráveis de nossa casa. Dos três adolescentes e jovens que escaparam à prisão naquela noite pulando sobre o muro, um sofreu sérios ferimentos que precisaram detratamento médico urgente. Eu penso que nenhum de nós será capaz de esquecer o tratamento desumano a que fomos submetidos durante essa ação violenta realizada em nome do governo Bush para o que ele chama "construção da democracia" em meu país. A verdade é que foi o governo norte-americano que invadiu violentamente minha casa e me prendeu, e é ele quem detém as chaves de minha cela na prisão. Eles pretendem usar o sistema judicial haitiano para encobrir este fato. Foram somente soldados norte-americanos que invadiram minha casa, sem nenhum mandado de prisão, e arrancaram-me algemada à força enquanto a polícia haitiana assistia passivamente de seus carros. Os marines do governo Bush disseram que essa ação violenta contra mim e contra minha família foi realizada porque eu estaria planejando atacar suas forças e enfraquecer a segurança e a estabilidade em meu país. Como podem ser tão cínicos quando sabem muito bem que foram eles, juntamente com o governo francês, que enfraqueceram a estabilidade no Haiti pela remoção forçada de nosso presidente constitucional em 29 de fevereiro de 2004? Como podem ser tão cínicos quando sabem que enfraqueceram nossa segurança ao treinarem e deixarem à solta as forças do antigo exército e os esquadrões da morte, para assisti-los na derrubada de nosso governo constitucional? Foi somente depois que o governo dos Estados Unidos manipulou sua marionete [Gerard] Latortue, o primeiro-ministro "de fato", e o sistema judicial haitiano para me acusar falsamente de organizar um ataque contra a chamada "oposição estudantil" em 5 de dezembro de 2003, durante sua "manifestação" contra o governo constitucional de Aristide e do [partido]Lavalas. Eu nunca estive envolvida ou tomei algum conhecimento desses eventos. Está claro para mim que tal acusação é apenas um pequeno ato desse vergonhoso teatro. O fato é que foi a administração Bush e suas forças militares no Haiti que me prenderam e, uma vez mais, somente eles detêm as chaves de minha cela e podem dar a ordem para me libertarem. Nem o pagamento de propina a algum corrupto oficial haitiano ou o pagamento da fiança determinada pelo sistema judicial haitiano poderia garantir minha liberdade, pois isso teria que ser aprovado pelos altos escalões da administração Bush. Desde que fui presa, a incessante campanha de repressão e assassinato contra a base do partido político Lavalas continuou. Militantes de nossomovimento que são líderes confiáveis e reconhecidos em seus bairros estão sendo assassinados pela nova força policial militarizada, sob o controle e direção dos chamados Fundos Multilaterais de Investimento [N.T.MIF no original, por sua sigla em inglês], que estão sendo dirigidos, de fato, pelos marines norte-americanos. Líderes de nosso movimento ainda estão sendo presos e outros são forçados a se esconder, numa ação concertada para dobrar a espinha do movimento Lavalas, que ainda vê Jean-BertrandAristide como o único presidente legítimo e constitucionalmente eleito do Haiti. Enquanto sou forçada a permanecer nessa cela da prisão, tenho visto também o individualismo de alguns do nosso partido, causado por essa campanha de repressão, intimidação e assassínio. Eu compreendo seu medo porque eu mesma sou uma vítima dessa campanha cujo propósito é destruir nossa esperança e nossas aspirações na construção de um Haiti onde os pobres não sejam meros instrumentos sobre os quais se construam sonhos de prosperidade e poder pessoal. Gostaria de chamar a atenção de todos aqueles que ainda se consideram representantes do Lavalas e da maioria pobre do Haiti para relembrar a lição da primeira ocupação de nossa pátria pelos norte-americanos e nosso grande mártir Charlemagne Peralte. Peralte assinou de boa-fé a paz com os norte-americanos e dissolveu sua resistência armada contra a ocupação apenas para cair vítima de suas mentiras e más intenções: ele foi seqüestrado e assassinado. Um destino semelhante ameaça muitos haitianos hoje no Lavalas que acreditam em nossa soberania nacional e na justiça. Em minha cela, recebo a esperança de muitas vozes que se levantam contra a injustiça que o povo do Haiti vem sendo forçado a sofrer atualmente. Sou grata à congressista Maxine Waters [N.T. do partido Democrata dos EUA] e a incontáveis pessoas que têm prestado solidariedade com o povo haitiano para dar um basta ao massacre e ajudar o mundo exterior a saber a verdade e a realidade que enfrentamos atualmente. Envio a vocês todo meu amor e gratidão para que se mantenham firmes, separando a mentira da verdade na situação atual do Haiti. Envio a vocês minhas bênçãos como uma mulher haitiana livre que luta pelos direitos da maioria miserável em minha pátria. Eles podem prender meu corpo, mas jamais prenderão a verdade que encerro em minha alma. Continuarei a lutar pela justiça e pela verdade no Haiti até meu ultimo suspiro.

Annette Auguste

O original encontra-se em http://www.sfbayview.com/052604/soanneannette052604.shtml

O que esperar do presidente Evo Morales

BOLÍVIA DERROTA A REAÇÃO
A derrota esmagadora da candidatura da direita nas eleições presidenciais do dia 18 constitui uma notícia alvissareira para o povo boliviano e de todo o continente. O candidato da oligarquia, apoiado pelo imperialismo, conseguiu apenas uns pífios 30 por cento. Mais uma vez as forças progressistas demonstraram na America Latina que sao amplamente majoritarias.
Convém, no entanto, não embandeirar em arco. A experiência da América Latina mostra que muitas vezes candidatos eleitos com o apoio das massas não estão à altura da sua missão. No Equador, o sr. Gutierrez traiu descaradamente os seus compromissos e passou a executar a política diametralmente oposta àquela para a qual fora eleito, alinhando-se a 100 por cento com o imperialismo. No Brasil, o governo do PT defraudou as dezenas de milhões de eleitores que nele confiaram e passou a executar uma política economica idêntica à do seu antecessor F. H. Cardoso. No Paraguai, Nicanor Duarte, que na sua posse pronunciou um inflamado discurso condenando o neoliberalismo, capitulou posteriormente: permitiu a instalaçao de uma base militar dos EUA em ostensiva ameaça à vizinha Bolivia.
Sem fazer processos de intenção, é preciso ainda aguardar para ver como se desempenhará Evo Morales , eleito por maioria absoluta. Falta saber se terá a firmeza, a lucidez e a tenacidade necessárias para o enfrentamento com os inimigos do povo boliviano: o imperialismo e os seus aliados internos.
No tempo colonial os espanhois levaram milhares de toneladas de prata da Bolívia e o povo que a extraiu ficou na miséria. No século XX foram retiradas milhões de toneladas de estanho das suas minas e o seu povo continuou na miséria.
Hoje, o que está em causa são os hidrocarbonetos: gás natural e petróleo. Recuperá-los para o povo boliviano -- pois governos anteriores entregaram-nos a transnacionais em contratos leoninos -- é uma questão decisiva. Este será o teste ácido de Evo Morales.

21 dezembro, 2005

Sindicalismo governista da CNBCUT trava a luta

Bancários tentam lutar, mas...

Com a atual direção do movimento sindical não teremos conquistas. É preciso mudar as direções

Em todo o país grande parte dos bancários se dispôs a ir à greve mesmo desconfiados de que novamente as direções sindicais trairiam a luta.
Essa traição se dá porque a mais de uma década a CUT e o PT mudaram sua orientação política no sentido de preparar uma imagem palatável de Lula aos poderosos e ao eleitorado brasileiro para elegê-lo presidente do Brasil.
Dessa mudança na orientação política resultou a “direitização” tanto na política quanto na falta de escrúpulos para angariar votos, recursos financeiros e poder.
Hoje, com Lula no poder, vemos que nada melhorou para nós bancários e trabalhadores em geral, e a CUT continua apoiando Lula, abrindo mão de sua autonomia e combatividade e, pior, fazendo todo tipo de malandragem para frear as lutas e rebaixar as reivindicações para favorecer a política econômica de arrocho desse governo.
Isso é gravíssimo por que a tendência será os trabalhadores perderem suas conquistas, se não começarmos urgentemente a nos conscientizar, organizar e mobilizar para derrubar a atual direção governista do nosso movimento sindical.
Afinal, para que serve o sindicato?

Nota pública do ANDES sobre o encerramento da greve

RESPOSTA ÀS INVERDADES SOBRE O ENCERRAMENTO DA GREVE UNIFICADA DAS IFES
Diretoria do ANDES-SNO ANDES-SN vem a público contestar, veementemente, o conteúdo do informe no portal do MEC, datado de 19/12/05, às 18h55. Neste comunicado é afirmado que “O indicativo de volta ao trabalho do comando nacional de greve foi ratificado pelos professores universitários. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) informou nesta segunda-feira, 19, que todos resolveram aceitar a proposta de reajuste do Ministério da Educação, com exceção daqueles da Universidade Federal de Sergipe”. E acrescenta: “Chegamos a um ponto de impossibilidade de manter o movimento, comentou a presidente do ANDES, Marina Barbosa Pinto”. O MEC, durante todo o período da greve, teve papel arrogante, antidemocrático, muito distante do que vem apregoando. Senão vejamos: o Comando Nacional de Greve/ANDES-SN foi recebido somente após 35 dias de greve; a proposta monocórdica apresentada pelo governo foi sistematicamente rejeitada pelas assembléias da categoria; a ruptura unilateral da negociação pelo MEC, sob o argumento de que o limite de recursos disponíveis era de 500 milhões. O curso dos acontecimentos evidenciou as manobras do governo: a questão nunca foi financeira. Incapaz de dialogar e negociar, o MEC enviou ao Congresso Nacional Projeto de Lei transferindo à esfera legislativa a responsabilidade sobre o reajuste. Além disso, tal PL é diferente do anunciado pelo MEC, podendo, dessa forma, trazer prejuízos ainda maiores para todos os docentes. Os princípios centrais das reivindicações dos docentes foram centrados na isonomia entre as carreiras de 1º e 2º graus e do ensino superior e a paridade entre ativos e aposentados, para 2005. Para o 1º e 2º graus, o MEC negociou em separado, excluindo o ANDES-SN que tem em sua base aproximadamente 7.000 professores de 1º e 2º graus; para os aposentados, altera a pontuação da GED de 91 para 115 pontos, (em julho/06!) longe dos 140 pontos que dariam a paridade com os professores da ativa. Os recursos arrancados (650 milhões) seriam suficientes para atender os docentes, se na conta o governo excluísse “os gastos” com a seguridade social e o imposto de renda, recursos estes apenas contábeis já que retornam aos cofres públicos. O governo poderia, ainda, atender aos docentes, mesmo que incluísse esses recursos contábeis na conta dos 650 milhões, se acrescentasse os 170 milhões que gastará com o 1º e 2º graus. Atenderia, sim, os docentes nas suas reivindicações históricas de isonomia e paridade. Não é preciso dizer que do festival de gastos visando à reeleição uma cota bem pequena atenderia as reivindicações dos docentes. Não é preciso ir muito longe: na convocação extraordinária recente do Congresso serão gastos 100 milhões! O governo não quis atender, preferiu dialogar nos bastidores com seus aliados, sem transparência e traiçoeiramente. Agora, não diga o MEC que os docentes aceitaram a sua proposta. Não houve aceite nem acordo! O Movimento Docente continuará firme na denúncia das manobras do governo e do PL que trará prejuízos para a categoria. Os docentes, após 112 dias suspenderam a greve e acumulam forças para os embates de 2006. Irão à luta pela carreira única, objetivando manter coesa sua base de 1º, 2º e 3º graus. Continuarão o embate pela paridade entre ativos e aposentados. Estarão firmes pela incorporação das gratificações e, sempre, na defesa da universidade pública e gratuita como artífice principal da democracia e da liberdade para todos os brasileiros.
20 de dezembro de 2005

Crime de rico a lei o cobre

Esta é (in)justiça nas terras de bruzundangas, terra dos peluso, dos mello com dois elles, dos marrey com ípsilon, das oligarquias citadinas e agrárias, terra da podridão e das famílias quatrocentonas, terras da corrupção, do mensalão e dos políticos vendilhões, maldita terra deste último país do planeta que libertou os escravos (vergonha eterna!), maldita terra onde impera o latifúndio:

Txt by C Tovarich (Brazyl)

Crippled Inside (na merda)

You can shine yur shoes and wear a suit
Podes engraxar os sapatos e vestir um blazer
You can comb your hair and look quite cute
Podes pentear-se e ficar com um ar atraente
You can hide your face behind a smile
Podes esconder o teu rosto por trás dum sorriso
One thing you can´t hide
Mas uma coisa que não consegues esconder
Is when you´re crippled inside
É quando estás na merda

You can wear a mask and paint your face
Podes usar uma máscara e pintar a sua cara
You can call yourself the human race
Podes se proclamar como raça humana
You can wear a collr and a tie
Podes usar colarinho branco e gravata
One thing you can´t hide
Mas uma coisa que não consegues esconder
Is when you´re cripled inside
É quando estás na merda

Trecho das canção Cippled Inside (na merda), do LP Imagine, de John Lennon e Plastic Ono Band, com the Flux Fiddlers, set/1971


A sociedade burguesa de classes criou os juízes para operarem o direito burguês, são eles que decidem quem merece ser punido ou absolvido. Estes filhos da classe proprietária, que exigem ser tratados por excelências, mas que não passam de excrescências excretadas por uma sociedade podre e corrupta, sempre julgam com dois pesos e duas medidas.

Os ladrões Maluf (pai e filho) foram libertados, o juiz trabalhista ladrão Lalau cumpre prisão domiciliar no mais alto conforto, em sua mansão adquirida com tudo o que roubou na vida; isso para não falar dos demais ladrões que foram libertados pelos senhores das supremas cortes da republiqueta de bruzudangas.

Para os pobres vale a chibata da lei, a violência das condições carcerárias, a tortura, a violência da policia civil e militar e a demora processual; para os ricos vigora a frouxidão corporativa da lei autorizada pelos recursos protelatórios, pelas liminares, pelos hábeas corpus de pedigree, pela corrupção, pelo tráfico de influências e troca de favores entre a alta sociedade, afinal os ricos podem pagar os bons advogados especialistas no trancamento dos processos penais, bem como nos jeitinhos especiais que molham as mãos de delegados, investigadores e escrivães para amenizar processos e até fazer defeitos nos autos de prisão em flagrante delito.

Os legisladores demagogos, no afã de agradar à opinião pública atrasada e influenciada pelo discurso fascista da mídia, definiram o crime de tráfico de drogas como hediondo. O filho de rico que trafica, mesmo surpreendido com altas quantidades de droga, acaba por ser absolvido e classificado como usuário. A pobre da desgraçada idosa e doente surpreendida com 17 gramas de crack passará seus últimos dias de vida em prisão fechada.

Também a violência sexual contra menores de idade é crime hediondo, mas isso não impede que os filhos da abastada classe dominante continuem a barbarizar e serem beneficiados com as lacunas da lei burguesa. Mas se fosse um pobre desgraçado o acusado de estupro, seria jogado numa lotada cela comum onde acabaria trucidado pelos demais presos, vítima do código de honra dos presos, que não permite estupradores em suas celas.

Estas são as notícias: O ministro Cezar Peluso, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liminar libertando da prisão o ex-goleiro Edinho, filho de Pelé, preso desde junho acusado de tráfico de drogas. Ele já deixou a Penitenciária 2 de Tremembé, interior de São Paulo. O ex-jogador é réu em processo por tráfico de drogas que tramita no Fórum da Praia Grande (SP) onde é acusado de se associar com o vulgo Naldinho, acusado de ser um dos principais traficantes do litoral sul. O ex-jogador nega as acusações e se diz apenas dependente de drogas. Mais de dez pessoas respondem ao processo, mas apenas Edinho e um advogado receberam liberdade provisória.


Desgraçada em estado terminal apodrece nas celas do estado burguês brazileyro
Já com a ex-bóia-fria aposentada, doente terminal de câncer de ovário e de intestino, Iolanda Figueiral de Jesus, 79 anos, o tratamento é outro: ela foi condenada a 4 anos de prisão em regime fechado por tráfico de drogas. A idosa foi presa em casa, no bairro Boa Vista 2, em Campinas (SP), há quatro meses e jamais pôde responder ao processo em liberdade. Foi também condenado, pelo mesmo crime e à mesma pena, o filho da aposentada Carlos Roberto de Almeida, de 40 anos.
Ambos foram acusados por tráfico de drogas, há quatro meses, após policiais terem encontrado cerca de 17 gramas de pedras de crack na sua casa em Campinas. Os miseráveis não puderam recorrer em liberdade, já que o crime é considerado hediondo.
O advogado de Iolanda entrou com apelação junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo recorrendo do julgamento e pedindo prisão domiciliar ou indulto humanitário para que ela possa passar seus últimos dias de vida em casa. O advogado afirma que a droga foi jogada na casa da família por um estranho momentos antes da chegada da polícia. Já o juiz Marrey, da 6ª Vara Criminal de Campinas, que deu a sentença, afirma que "a estória inventada pelos réus é repleta de falhas" e que "não resta qualquer dúvida quanto à autoria e materialidade de um delito de tráfico de entorpecentes". Tudo por 17 gramas de droga que poderia ser de uso pessoal de qualquer um dos moradores da casa.


E um acusado de violentar menor de idade é solto pelo STF
Em outro caso, também por liminar de hábeas corpus, o ministro Marco Aurélio de Mello, do STF, mandou libertar no dia 14 último o universitário Gaby Boulos, de 27 anos, acusado de violentar uma menina de 12 anos que fazia malabares em um semáforo da capital paulista. O ministro fundamentou sua decisão com o argumento de que as premissas do decreto de prisão não são suficientes para respaldar a prisão preventiva. A perícia médica confirmou que a menina sofreu atentado sexual. A vítima reconheceu Boulos como o autor do crime e seu irmão foi testemunha da abordagem. Mas a vítima é pobre e o agressor é filho de classe média alta.

E o STJ manda libertar os assassinos confessos dos von Richthofen
Após a libertação Suzane von Richthofen, em 29 de junho passado, os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos de Paula e Silva, assassinos confessos do casal Manfred e Marísia von Richthofen, foram postos em liberdade, no mês passado, três anos após sua prisão. Eles foram beneficiados por habeas corpus concedido pela 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O crime ocorreu em 31 de outubro de 2002, em São Paulo. O casal foi morto com golpes de barra de ferro na cabeça, desferidos pelos irmãos. A filha do casal assassinado e namorada de Daniel abriu o portão da casa para os assassinos. Os Cravinhos são pobres, portanto uma exceção à regra, exceção essa que só pode ser creditada ao fato de que os juízes do STF, suas excelências excretas, não poderiam agir de forma diferente após a libertação da rica Suzane von Richthofen.

Tortura e dois anos de cadeia por um xampu
Já Maria Aparecida de Matos, empregada doméstica, ficou 2 anos presa acusada de tentar furtar um xampu e um condicionador de cabelo em uma farmácia. Ela foi libertada apenas em maio passado após o tribunal superior chegar a conclusão de que deveria se aplicar o princípio da insignificância (jurisprudência que prevê a suspensão do processo nos crimes de valor irrisório, sem violência ou ameaça). O drama de Maria Aparecida, que ainda perdeu a visão do olho direito em tortura sofrida na prisão, mobilizou entidades como a Pastoral Carcerária e a Ação dos Cristãos pela Abolição da Tortura. A empregada doméstica por pouco não continuou presa, pois a juíza Patrícia A. Cruz, da 2ª Vara Criminal de São Paulo, tinha sentenciado Maria Aparecida a uma medida de segurança (ela seria incapaz de entender que cometeu um crime e iria para um manicômio penitenciário).

Prisão em flagrante delito por causa de uma cebola
E Izabel Francisca Alves foi presa por causa de uma cebola, uma cabeça de alho, um tablete de caldo de carne e uma lata de ervilha, que somados não chegam a R$ 4. Mas isso custou caro para a empregada doméstica Izabel Francisca Alves, 38 anos. Os ingredientes seriam a mistura do seu jantar, do marido e de quatro filhos, na Vila Natal, periferia de São Paulo. A empregada foi presa e levada para a Cadeia Pública de Pinheiros, acusada de furto. A história dessa pernambucana de Bodocó começou no condomínio New Orleans, no Brooklin, endereço de classe média. Izabel trabalhava para um casal há 33 dias e havia combinado um salário mensal de R$ 200. Na segunda-feira, ela chegou às 8h, arrumou o apartamento e foi embora às 17h. Porém, antes de sair, abriu a despensa e pegou os mantimentos da patroa. O patrão chegou em casa mais cedo e ficou escondido na garagem esperando que ela deixasse o prédio, pois desconfiava da empregada. Ela foi para o ponto de ônibus. O patrão e o zelador foram atrás. Pressionada, ela confessou “o crime”. “Peguei sem pedir porque não tinha ninguém em casa”, explicou Izabel. O patrão não quis saber. Chamou a PM e foram para a delegacia. Izabel foi presa em flagrante e levada para a Cadeia Pública de Pinheiros, onde dividiu cela com traficantes, ladras e estelionatárias. Alguns dias depois o juiz corregedor concedeu liberdade provisória para Izabel responder ao processo em liberdade.
“Naquela noite a gente nem jantou”, lembra André, 13 anos, o filho caçula de Izabel. Em um quarto e cozinha, ela mora com o marido, José Rodrigues, e os quatro filhos. A rua não tem asfalto, o chão de sua casa não tem piso e as janelas não têm vidro. As crianças estudam. Izabel é quem banca as principais despesas domésticas. O marido costuma fazer alguns bicos, consertando geladeiras. A situação financeira da família é precária. O filho mais velho, Eder de Queirós, 21 anos, casado e pai de uma filha, ajuda os pais: “Dou uma cesta básica por mês”, disse. Ele é faxineiro no Aeroporto de Congonhas e ganha R$ 200 por mês. “Minha mãe está triste, com vergonha e se sentindo humilhada”, lamenta Eder.

Esta é a justiça do país das bruzudangas...

20 dezembro, 2005

Pivatização do BEC: O que FHC Começou Lula quer concluir

Privatizar o BEC - Banco do Estado do Ceará é uma obsessão do governo Lula. Pela 10ª vez, contra a vontade dos funcionários do banco que até agora tem conseguido impedir a privatização através de liminares judiciais, está marcada novamente para este 20 de dezembro o leilão que poderá destruir o futuro de milhares de bancários que trabalham naquela instituição financeira.
Os dirigentes sindicais dos bancários tentam passar a idéia de que o responsável não é o governo Lula e sim o governador do Ceará que é do PSDB. A verdade que eles omitem dos bancários é que o principal acionista do BEC é a união, e que embora o processo de privatização tenha começado em 1998 no governo de FHC (outro calhorda), hoje é o governo Lula através do Banco Central sob a presidência de Henrique Meireles que comanda a entrega desse patrimônio público à inicitaiva privada. O resultado para os bancários do BEC e para a população do Ceará é previsível, basta ver o que aconteceu com milhares de bancários do Banespa, do BEM - Banco do Estado do Maranhão e de tantas outras empresas estatais que perderam seus empregos após a privatização. Força colegas, não vamos permitir mais essa privatização, defendam esse patrimônio público, defendam seus empregos.

14 dezembro, 2005

SATÃder banespa - outro ângulo

Companheiras(os),
Pelo jeito os bravos dirigentes do movimento sindical brasileiro acharam que 1.000 demissões no Grupo SATÃnder foi pouco, e atividades de luta poderiam deixar os espanhóis “mais enfurecidos e piorar as coisas” . Lamentável, porem previsível . Aqui em Santos fizemos o dever de casa .
Estou enviando algumas fotos de como ficou a Superintendência da baixada santista . A adesão da massa foi muito boa pois a paralisação bateu com o sentimento de revolta que os funcionários estavam sentindo( tivemos 27 demissões em um universo de 450 funcionários)
Um grande abraço do posto avançado de Santos ,
Carlinhos

SATÃder banespa / Santos

Protesto no SATÃder banespa de Santos contra as demis-
sões ocorridas no dia 09/12

13 dezembro, 2005

Laços de família

Deu no painel da Folha de São Paulo, edição do dia 11/12/2005, domingo:
Marice Corrêa de Lima, a funcionária do PT que entregou o R$ 1 mi à
Coteminas, vem a ser cunhada de João Vaccari Neto, dirigente da CUT que por
um triz não virou tesoureiro no lugar de Delúbio Soares. Era o nome da
preferência de Lula.
Está tudo em casa. Com sindicalistas amigos de banqueiros e governistas,
quem paga o pato são os trabalhadores. Está mais do que na hora de
construirmos uma alternativa de luta contra esses traidores.

11 dezembro, 2005

trecho de "Carta de uma prisão brasileira" - Oliverio Medina

01/11/2005
"Sinto que está preso apenas o meu corpo, pois meus ideais e minha luta pela paz com justiça social, voam em abundância nas asas da solidariedade revolucionária e antiimperialista de tantas amigas e tantos amigos, dos quais vocês formam um grande contingente. Continuemos firmes e confiantes em que ganharemos esta batalha, pois como nos diz O Libertador Simón Bolívar: 'Unidos seremos invencíveis'. Muito obrigado, amigas e amigos da Argentina, Austrália, Colômbia, Equador, Dinamarca, França, Espanha, Estados Unidos, Hong Kong, México, Portugal, Suécia, Suíça, Venezuela, Uruguai, especialmente do Brasil, minha Segunda Pátria, e de outras partes do mundo."

BRASIL X CONVENÇÃO 158 DA OIT

Em 1982 a Organização Internacional do Trabalho votou Convenção que proíbe a demissão imotivada. Na prática deixa de existir a demissão sem justa causa. E mesmo as demissões com justa causa tem que ser precedidas pelo amplo direito de defesa ao demitido. Nos casos de inovação tecnológica ou motivos econômicos, a convenção impõe a negociação entre os patrões e os sindicatos. O Brasil ratificou a Convenção 158 através do Congresso Nacional (decreto legislativo 68 de 16/setembro/1992), e pelo governo FHC (decreto 1855 de 10/abril/1996). No entanto o mesmo FHC, oito meses depois, sob pressão dos banqueiros e empresariado, denunciou (revogou) a Convenção 158 (decreto 2100 de 20/dezembro/1996). Isto é ilegal pois a convenção só poderia ser denunciada 10 anos após o início da sua vigência. Em 2003, Lula nomeia ex-sindicalistas para ocupar o ministério do trabalho, entre eles Ricardo Berzoini (sindicato dos bancários de SP) e Luís Marinho (ex-presidente da CUT). Eles nada fizeram para retomar a Convenção 158 da OIT. Não se trata de esquecimento. Os compromissos do governo Lula com os banqueiros e empresários estão por trás do abandono da Convenção. O banqueiro Emílio Botín, presidente do Santander, afirmou que “fomos os primeiros a apoiar o governo Lula (está fazendo um grande trabalho)” (revista Carácter no. 9 pág. 6). O movimento sindical, que criticou duramente FHC quanto este denunciou (revogou) a Convenção 158, agora está omisso frente ao governo Lula. Temos que pressionar os sindicatos e a própria Afubesp a liderar a luta pela ratificação da Convenção 158 coibindo as demissões.

Carta ao Santander Banespa

Rio de Janeiro, 9 de diciembre de 2005.

Al
Banco Santander España
Atención de: Luis González Olivares
Director Negocio Internacional
Tel. (341) 418-7177
Fax (341) 342-3017
e-mail:lgo1@bancosantander.es

Señores,
Tomamos conocimiento en este viernes pasado 2 de diciembre, de una desumana campaña de demisiones en masa de 1.000 a 3.000 empleados en el complejo bancario brasileño Santander-Banespa-Meridional. Entre las demisiones ya confirmadas, la de una compañera nuestra de lucha sindical en nuestro MNOB-Movimento Nacional de Oposição Bancária, gerente, con 18 años de trabajo en el banco.
A vísperas de Navidad, la mínima calificación es que es un regalo macabro.
No acceptaremos ese tipo de política de un banco estranjero en Brasil. Sepan que vamos a direccionar nuestras energias y nuestros esfuerzos para luchar contra esas demisiones desumanas, y contra la política laboral sin escrúpulos que Ustedes están platicando en nuestro país. Para eso vamos a accionar también nuestros contactos en otras categorías de trabajadores y organizaciones nacionales e internacionales para organizar actos, mobilizaciones y huelgas contra el complejo Santander-Banespa-Meridional.
Esperamos que con estas acciones, Uds reflitan sobre sus actitudes y suspendan las demisiones, con el retorno a sus cargos de los empleados demitidos por esa campaña infame. Brasil dejó de ser una colonia ibérica hace casi doscientos años y no va a ser ahora que vamos a tolerar ese tipo de comportamiento colonial con nuestros hermanos trabajadores bancarios.

No esperamos respuesta de sus mentes endurecidas por la ganancia, así que nos despedimos,

Sin saludos,

Luiz Guilherme Mendes de Moraes, del MRB-Movimento de Reconstrução Bancária, coordinador en Rio de Janeiro del MNOB-Movimento Nacional de Oposição Bancária, por el PSOL-Partido Socialismo e Liberdade.
c/cópia para: MRB, MNOB, P-Sol, PDT, PSTU, CNB-CUT, CONTEC, SEEB-RJ, SEEB-SP, UNI Finance Global Union, CCOO-España, CGT-España, CNT-España, MST-Argentina.
Se o dinheiro, segundo Augier, vem ao mundo com uma mancha natural de sangue numa de suas faces, o capital, ao surgir, escorrem-lhe sangue sujeira e fezes por todos os poros, da cabeça ao pés.
K. Marx

08 dezembro, 2005

OPOSICAOBANCARIAMOGI

As informações postadas neste blog são voltadas à construção da Oposição Bancaria de Mogi das Cruzes e região com o intuito de contribuir para
o fortalecimento do Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB) e da CONLUTAS - Coordenação Nacional de Lutas, como alternativas de direção das lutas da categoria bancária e de toda a classe explorada pela burguesia.

Nosso objetivo é derrotar o capitalismo e substitui-lo pelo socialismo para que cesse a exploração do homem pelo homem.

É bom sempre lembrar a citação de Karl Marx: "A EMANCIPAÇÃO DO PROLETARIADO SERÁ OBRA DO PRÓPRIO PROLETARIADO"

Seja bem vindo.