AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

30 setembro, 2007

ESCLARECIMENTO À POPULAÇAO

O por que da Greve dos Bancários

Bancos lucram como nunca e quem paga são os bancários e a população

A greve nacional dos bancários poderá iniciar em 03/10

Nunca na historia os bancos bateram tantos recordes consecutivos de lucros. Nos últimos quatro anos os bancos têm aumentado consecutivamente seus lucros em média 30%. Neste ano todos os bancos aumentaram seus lucros em mais de 20% em relação ao mesmo período do ano passado.

Enquanto isso a população continua sofrendo nas filas intermináveis e com as altas taxas, tarifas, juros e multas cobradas e os bancários vivem um verdadeiro inferno com o assédio moral pelo cumprimento de metas de venda, com as perdas salariais que se acumulam ano a ano, com os assaltos, com as demissões imotivadas, com a extrapolação de jornada de trabalho e com falta de compromisso dos bancos para com a população, com os bancários e com o país ao não contratarem mais funcionários para atenderem melhor a população e gerar empregos.

Hoje o salário do bancário vale a metade do que valia há treze anos atrás, quando foi instituído o plano Real, por que os reajustes salariais nesses treze anos não acompanharam a inflação. Essa é a realidade dos bancários e da maior parte da população brasileira. Por isso, nós bancários vamos à luta por nós e pelo respeito que a população merece e há muito tempo não recebe por parte dos bancos.

Já fizemos uma paralisação de advertência de 24 horas na sexta-feira, dia 28 de setembro e se os bancos não se sensibilizarem poderemos iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 03 de outubro. A população merece esse esclarecimento. Contamos com o apoio de toda a população. Pedimos desculpas à população pelo transtorno inevitável, muito embora a culpa seja dos banqueiros e do governo federal.

Oposição Bancária de Mogi das Cruzes e região

Os lucros dos bancos sobem, o salário dos bancários descem

É bom lembrar que nos últimos 4 anos
todos os bancos tem tido aumentos nos
lucros em média 30% acima de recordes
dos anos anteriores e os reajustes
salariais tem sido muito, muito, muito
aquém desses aumentos de rentabilidade.
Conclui-se daí que ano a ano aumenta
também o lucro líquido dos bancos sobre
a despesa com a folha de pagamento.
Ao mesmo tempo não vemos o retorno disso
em geração de emprego e melhorias nas
condições de trabalho dos bancários, o
que, consequentemente traduz-se na
continuidade do mal atendimento à população
usuária dos bancos.

Ou fazemos agora um movimento muito forte
para recuperarmos perdas passadas ou quando
chegar o tempo de vacas magras os "pobres"
banqueiros terão mais desculpas para se
recusarem a reajustar nossos salários.

24 setembro, 2007

Todos às Assembléias para impor a vontade da base bancária

Neste ano 3 sindicatos, Rio Grande do Norte, Maranhão e Bauru entregaram outra pauta, tanto na Fenaban, quanto no BB e na CEF, exigindo o fim da mesa única. As assembléias que acontecem essa semana tem que exigir a votação de pauta. Rejeitar a farsa da mesa única, não aceitar a reivindicação rebaixada de 10 % que legitima a negociação rebaixada e eleger nas assembléias de base quem vai negociar em nome da categoria.
Que o bancário decida, chega de manobras dos sindicalistas governistas amigos dos banqueiros.
Esse é o desafio : preparar a greve para derrotar os banqueiros, o governo e seus amigos da CONTRAF/CUT.

PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DA NOSSA PAUTA:
29,27 % de reajuste para todos os bancários;
Fim da mesa única
Negociação das perdas especificas do BB (89,31%) e da CEF (100,93%);
Isonomia de salários e direitos;
Jornada de 6 horas para todos! Chega de estrapolação de jornada!
PLR – 25 % do lucro distribuído de forma linear para todos
Não à comissão sobre tarifas, que divide a categoria e explora a população
Fim da mesa única
Fim das metas e do assédio moral

Preparar a GREVE - Informe SEEB Oposição Bauru

Fenaban oferece apenas a reposição da inflação: 4,82%
Todos à assembléia dia 26, às 19 horas, para REJEITAR proposta
rebaixada e EXIGIR campanha salarial para valer! Em negociação na última
sexta-feira, dia 21, a Fenaban teve a cara-de-pau de propor reajuste de salários e benefícios em 4,82%, equivalente à inflação de 1º de setembro de 2006 a
31 de agosto de 2007. Apresentou ainda o mesmo formato da Participação nos
Lucros e Resultados, PLR, de 2006: 80% do salário + R$ 828 de parcela
fixa e a continuidade do programa de PLR adicional, ou seja, só ganhará os R$
1.500 de PLR adicional o bancário cujo banco tiver lucro maior que 15%. Essas verbas também serão corrigidas pelo índice de 4,82%. Foi apresentada
ainda uma 13ª cesta-alimentação no mesmo valor da que é paga mensalmente.
Hoje, ocorre nova rodada de negociação com a Fenaban.
Esta proposta tem de ser rejeitada. Desde 1994, os bancários dos privados
têm perdas de 29,28%, os do Banco do Brasil de 89,31% e os da CEF de
100,93%. Portanto, apenas a reposição da inflação não contempla uma
categoria com salário tão defasado. A proposta de PLR é um crime, pois
insiste na PLR adicional ao invés de uma PLR linear e sem vinculação à
porcentagem de lucratividade dos bancos. A 13ª cesta-alimentação é
positiva, mas apenas uma esmola frente ao que os banqueiros podem oferecer.

Assembléia
Na quarta-feira, 26, às 19 horas, ocorrerá assembléia para rejeitar
esta proposta dos banqueiros e deliberar sobre paralisação nos dias 27 e
28/9. Em nível nacional, impera o imobilismo da Contraf-CUT, que insiste nas
negociações no lugar da mobilização dos bancários. Por isso, as bases
de sindicatos como Porto Alegre e Rio de Janeiro já atropelaram suas
direções - petistas, cutistas e governistas - e chamam paralisação para o dia 27 junto com os sindicatos da Conlutas. É possível fazer desta campanha
vencedora.
Para isso, os bancários precisam ir à luta, participarem da assembléia
e paralisações. Chega de índice rebaixado e propostas costuradas na
calada da noite com a Contraf-CUT.

Bauru, 24 de setembro de 2007

Sindicato dos Bancários de Bauru e Região

Preparar a GREVE - Informe Oposição Brasília

PREPARAR A GREVE:
CONTRA O DESRESPEITO DA FENABAN E DO GOVERNO

Não há nenhuma dúvida. Mais uma proposta sacana dos banqueiros
(Fenaban), articulada junto com o governo (BB e CEF).
Com os lucros subindo, em média, 30% por ano toda essa enrolação para
apresentar uma proposta de 4,82 %.
É claro que querem manter os lucros nas alturas. Para isso, continuar
com a rapinagem contra a população ( com os juros e tarifas ) e a exploração
em cima dos bancários (ritmo e condições de trabalho insanos e arrocho
salarial é fundamental.
Por isso é preciso preparar uma grande greve nacional dos Bancários
para inverter essa lógica.


E CONTRA A ENROLAÇÃO DA CONTRAF/CUT

Para manter essa situação os banqueiros e o governo contam com seus
principais aliados, a CONTRAF/CUT e seus sindicalistas.
Mais uma vez estão tentando facilitar para a Fenaban e o governo.
Com perdas salariais que variam de 29,27 % (nos bancos privados) à
quase 100 % (BB e CEF) desde o governo FHC os sindicalistas governistas da
CONTRAF/CUT apresentam uma pauta rebaixada (10 % de reajuste). A lógica é simples, escondem as perdas, para vender a idéia que um reajuste na casa de 7 % é uma grande conquista.
Ai o roteiro do filminho B é o seguinte. Reivindicação rebaixada, muita
enrolação na negociação, nenhuma preparação da mobilização, aparece uma
proposta (4,82 %) os sindicalistas da Contraf/CUT dizem que tem que
melhorar, fazem algum agito, melhoram a proposta e tentam acabar com a
luta vendendo a idéia de vitória.

TODOS À ASSEMBLÉIA DIA 27
VOTAR OUTRA PAUTA
NÃO À MESA ÚNICA
QUEM NEGOCIA TEM QUE SER ELEITO PELA BASE

Esse ano 3 sindicatos, Rio Grande do Norte, Maranhão e Bauru entregaram
outra pauta, tanto na Fenaban, quanto no BB e na CEF, exigindo o fim da
mesa única. As assembléias que acontecem essa semana tem que exigir a
votação de pauta. Rejeitar a farsa da mesa única, não aceitar a reivindicação
rebaixada de 10 % que legitima a negociação rebaixada e eleger nas assembléias de base quem vai negociar em nome da categoria.
Que o bancário decida, chega de manobras dos sindicalistas governistas
amigos dos banqueiros.
Esse é o desafio : preparar a greve para derrotar os banqueiros, o
governo e seus amigos da CONTRAF/CUT.

NOSSA PAUTA :
29,27 % de reajuste para todos os bancários;
Fim da mesa única
Negociação das perdas especificas do BB (89,31%) e da CEF (100,93%);
Isonomia de salários e direitos;
Jornada de 6 horas para todos!
PLR – 25 % do lucro distribuído de forma linear para todos
Não à comissão sobre tarifas, que divide a categoria e explora a população
Fim da mesa única
Fim das metas e do assédio mora

22 setembro, 2007

Fenaban propõe reajuste irrisório - 4,82%

Matéria do site do Sindicato dos Bancários do Riogrande do Norte - http://www.bancariosrn.com.br . Não estranhem os 27,29%. De fato o SEEB RN, juntamente com o SEEB Bauru e SEEB Maranhão repudiam a merreca de 10,3% reivindicado pela Contraf e estão reivindicando a reposição de todas as perdas para os bancários privados.
Os três sindicatos estão reivindicando também: BB 89,31% e CEF: 100,93%, que são as reais perdas dos bancários desses bancos.
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Bancos propõem reajuste irrisório de 4,82%
Fenaban faz a primeira proposta econômica de reajuste: 4,82% e 13ª Cesta Alimentação

Na reunião que ocorreu hoje (21/9) às 16h30, os representantes da Fenaban apresentaram a primeira proposta econômica desta campanha nacional.

O índice de reajuste proposto é de 4,82% para salários e demais benefícios, equivalente à inflação de 31 de agosto de 2006 a 1º de setembro de 2007. Outro ponto é o pagamento de 13ª cesta-alimentação, no mesmo valor da cesta de todo mês.

O valor e o formato da Participação nos Lucros e Resultados, PLR, seria o mesmo do ano passado, corrigido apenas pela inflação.

A proposta está bem abaixo da reivindicação e anseios dos bancários, que lutam por um reajuste de 27,29% com reposição das perdas entre junho de 1994 e setembro de 2007. Ainda assim, o Comando Nacional está reunido neste momento analisando a proposta e fará sua avaliação ainda nesta tarde.

12 setembro, 2007

Pasmem, Contraf/CUT pede vigência de 2 anos para reajuste salarial dos bancários

Existem algumas cláusulas que introduzem vigência de 2 anos para o acordo da categoria bancária e, pasmem, faz parte da minuta da Contraf / CUT, portanto, a proposta dos banqueiros foi costurada a seis mãos (CUT / Fenaban / Governo) e para quem não sabe, o artigo 1 (que a Contraf quer que passe a valer por dois anos) diz respeito ao reajuste salarial dos bancários. Imaginem se os banqueiros não vão aceitar esse presentão.

ARTIGO 102 – VIGÊNCIA
Os artigos da presente convenção coletiva de trabalho terão dois períodos de vigência, nos seguintes termos:
a) Terão a duração de 1 (um) ano, de 1º de setembro de 2007 a 31 de agosto de 2008, os artigos 2, 4, 5, 9, 15, 17, 18, 20, 21, 22, 25, 26, 50, 56, 68 e 99.
b) Terão a duração de 2 (dois) anos, de 1º de setembro de 2007 a 31 de agosto de 2009, todos os artigos não relacionados na aliena acima.

10 setembro, 2007

Em busca da autonomia operária

Depois de ler essa matéria publicada no jornal Correio Brasiliense, concluo que é mais sensato acreditar que os funcionários do BB tenham sido mal informados durante o processo eleitoral e que também a eleição (eletrônica e sob total controle do banco) tenha sido fraudada. Os funcionários, em sã consciencia, jamais aprovariam as alterações que foram feitas no estatuto da Cassi. O mais triste é saber que esse golpe contra os trabalhadores foi feito com a cumplicidade dos sindicatos filiados à CUT e Contec.

Hoje, após a experiência histórica e desastrosa com o PT e com a CUT, o que resta aos trabalhadores é construirmos nossos próprios foruns autônomos de decisão e organização da luta onde prevaleçam a democracia direta e o repudio à "democracia" representativa. Não é de hoje que a instituição sindicato se enquadra entre as instituições capitalistas ao lado do Estado, dos partidos políticos, das empresas, dos governos e da igreja.

A matéria do Correio Brasiense sobre o que fizeram com a Cassi, bem como todas as traições e peleguismos sindicais, nos confirma a tese de que os trabalhadores precisam buscar a "Autonomia Operária" como forma embrionária de uma futura organização social justa e igualitária.

Mauro

Por Leonel Rocha - Correio Braziliense
>
> Depois de uma longa campanha, o Banco do Brasil conseguiu alterar o estatuto da Caixa de Assistência dos seus 80 mil funcionários e de 60 mil aposentados para dividir com eles eventuais futuros prejuízos que venham a ser registrados pela Cassi. O novo estatuto foi registrado ontem no cartório do 1º ofício de registro civil de Brasília e começará a vigorar em janeiro do próximo ano. A mudança altera o artigo 9º da regra antiga que isentava os bancários do BB, "direta ou subsidiariamente", pelas obrigações da Caixa de Assistência.
>
> Além de passarem a ter co-responsabilidade nos resultados futuros
> da Cassi, as alterações obrigam os funcionários a pagar 10% sobre o valor dos exames médicos e terapias realizadas sem internação
> hospitalar. Ficou mantido o percentual de 30% sobre o valor das
tabelas de preços de consultas pago hoje pelos trabalhadores. Os
percentuais de contribuição para a caixa ficaram unificados em 3% para os funcionários e aposentados e 4,5% da parte do BB. Pelo estatuto antigo, as contribuições eram paritárias de 3% para os funcionários e o BB (veja quadro).
>
> Para conseguir alterar o estatuto, a direção do BB se comprometeu a repassar à Cassi R$ 300 milhões referentes a contribuições antigas e não recolhidas. Desse total, metade será repassada em um só pagamento ainda este ano. O restante será pago em três parcelas de R$ 50 mil a cada ano. O pagamento servirá para sanear a caixa de assistência que registrou um prejuízo de R$ 112 milhões no balanço de 2006. "As mudanças visam garantir a sustentabilidade do plano de assistência médica", disse o vice-presidente de gestão de pessoas e relações com os funcionários, Luiz Oswaldo de Souza.
>
> As modificações foram aprovadas pelos funcionários e aposentados em eleições realizadas pela intranet entre os dias 8 e 21 de agosto. O BB mantém dois planos de assistência médica. O mais antigo, plano de Associados, é deficitário e o causador dos prejuízos da Cassi. O outro plano, Cassi Família, é superavitário e a contribuição é exclusiva dos trabalhadores e depende do número de dependentes e da faixa salarial. A Cassi hoje tem 400 mil associados. Do total, 140 mil são funcionários.
>
> A alteração no estatuto provocou uma briga política entre os
> dirigentes da Cassi e os diretores do BB. O registro recebeu um
parecer negativo do cartório que alegou desobediência ao Código Civil e à falta de clareza sobre os direitos e deveres dos associados. O BB teve dificuldades para encontrar advogados da Cassi e do próprio banco para "vistar" as páginas do documento no cartório. O banco despachou executivos da instituição para convencer o responsável pelo cartório de que o novo texto é legal. A mudança no estatuto causou uma crise na diretoria da Cassi e deve provocar a substituição do diretor-superintendente da entidade, Sérgio de Oliveira.
>
> Alterações - principais mudanças no estatuto da Cassi
>
> 1 Os associados passam a ter co-responsabilidade jurídica em caso de insolvência da entidade.
>
> 2 O percentual de contribuição dos funcionários fica limitado a 3% sobre o salário bruto. O BB vai contribuir com 4,5% de todos os 13 salários.
>
> 3 Associados passam a pagar 10% dos valores dos exames e terapias
> não vinculados à internação hospitalar, limitados a 1/24 do salário bruto a partir de janeiro de 2008. As transfusões de sangue,
> radioterapia, quimioterapia, hemodiálise, oxigenoterapia
hiperbárica, doenças do trabalho, tratamentos e cirurgias ambulatoriais e tratamento de deficientes ficam isentos de participação.
>
> 4 O BB vai pagar R$ 150 milhões à Cassi, referentes à metade da
> dívida do banco com a caixa de assistência. Outros R$ 150 milhões serão pagos em três anos.

08 setembro, 2007

SINDICATO DO RN É IMPEDIDO DE ACOMPANHAR NEGOCIAÇÕES

Não bastasse tamanho autoritarismo quando decidiu expulsar
o Sindicato do RN da Mesa de Negociação às vésperas da Campanha
Salarial, a Contraf/CUT expulsou o Sindicato, agora, do Comando
Nacional dos Bancários, um dia antes da primeira reunião de
negociação com os banqueiros, que está sendo realizada à portas
fechadas desde ontem, quinta-feira, em São Paulo.

O Sindicato do RN esteve representado, na capital paulista, pelo
diretor Juary Chagas. Ele conta que durante a reunião que antecedeu
a negociação com os banqueiros, a direção da Contraf/CUT questionou
a presença do RN e pediu um esclarecimento. "Dissemos que estávamos
ali atendendo ao chamado da formação de um Comando, até porque foi a
própria Contraf que, há um mês, deu uma vaga nesse mesmo Comando ao
RN. Isso demonstra a incoerência dessa entidade. Como resposta,
disseram que nossa participação era inviável porque apresentamos
outra pauta à Fenaban", disse.

Juary Chagas não tem dúvidas de que essa decisão, tomada de cima
para baixo, se trata de uma retaliação pelo fato da base ter
recusado, em assembléia, a proposta de pauta rebaixada da
Contraf. "É retaliação sim. Atitude de retaliação pelo fato do RN
não ter aprovado a pauta da Contraf/CUT. Já tinham nos expulsado da
mesa e agora nos expulsaram do Comando. Isso está claro! O objetivo
deles também é não permitir que os trabalhadores não tomem
conhecimento do que é dito lá", afirmou.

Negociação

Na quinta-feira, o Comando da Contraf/CUT se reuniu com os
banqueiros sem a presença do RN. As negociações não avançaram e
prosseguem hoje. Na pauta, apenas questões referentes à saúde e
condições de trabalho que, no primeiro dia, não foram aceitas pela
Fenaban. Até o momento, nada de reajuste salarial e incorporação das
perdas que a categoria vem acumulando desde 1994. Outro ponto
negativo é a falta de mobilização da entidade. Setembro já chegou e
a Contraf sequer organizou um calendário de mobilização para a
Campanha Salarial. "O objetivo deles (Contraf) é continuar enrolando
cada vez mais, assim privilegiam os banqueiros", completou Juary
Chagas.

02 setembro, 2007

Contraf-CUT, aliada dos banqueiros e do governo Lula, contra os bancários

Aliada dos banqueiros, Contraf-CUT bate outra vez a porta na cara dos bancários de oposição

Já o presidente Vagner Freitas declara, em alto e bom som:
"a base não pode saber sobre o acordo de dois anos!"

Que marmelada!

A primeira rodada de negociação entre o comando dos bancários e a Fenaban, quinta, dia 23, em São Paulo, deixou algo de muito podre no ar. Acordo por dois anos, arrocho salarial, remuneração variável e sindicalização de terceirizados são alguns dos golpes já preparados pela Contraf-CUT, em seu eterno conluio com governo e banqueiros.

Parecia 2006. Mais uma vez, na base do "tratorzão", os dirigentes cutistas já foram logo exclamando: "só entra pra negociar quem for da CUT! Quem tem outra pauta e desautorizou a Contraf está fora da mesa!" Ou seja, nada de oposição na mesa dos banqueiros! A Contraf-CUT tratou de expulsar os bancários da sala. Afinal, se alguns bancários de verdade assistissem ao que ocorre lá dentro da sala, poderiam ver e ouvir coisas cabeludas, que desmascarariam ainda mais as sujas artimanhas dos dirigentes da Contraf-CUT, eternos defensores do governo e velhos amigos dos banqueiros.

Enquanto Carlos Cordeiro, secretário geral, pedia para que os demais dirigentes cutistas escondessem o miserável índice de 10,3% atrás de outras cláusulas banais, Vagner Freitas, presidente da mesma Contraf-CUT, ordenava que ninguém revelasse aos trabalhadores as negociações por um acordo de dois anos. A Contraf-CUT vem ajudando os banqueiros a implementarem três históricos projetos dos patrões: acordo bianual, regularização da remuneração variável e da terceirização de mão-de-obra. Realmente, a Contraf-CUT é o sonho de todo banqueiro.

Contraf também sacaneou na negociação 2006
A mesma truculência já fora adotada pelos cutistas na campanha passada.
Todos se recordam que o comando de base, composto por bancários grevistas eleitos por assembléias, também foi sumariamente barrado pela Contraf-CUT da mesa de negociações em 2006. Medo? Pode ser, afinal os bancários de oposição estão bem preparados politicamente para o embate e foram munidos de uma grande pauta alternativa de reivindicações.
Os trabalhadores acabaram representando um risco ainda maior para a Contraf-CUT, confederação reconhecidamente governista e traidora, que já vem agonizando entre os bancários, principalmente desde os vexames da campanha salarial do ano passado. Quem poderá se esquecer das históricas traições cutistas de 2006? Foi um festival de traições, que já começou com encontros viciados e pauta rebaixada. Depois, passaram por cima das assembléias,
boicotando a greve e fazendo conchavos com as direções dos bancos e apoiando a reeleição de Lula. Pra encerrar, deram uma rasteira nos grevistas, empurrando um péssimo e já rejeitado índice de 3,5% e enterrando a greve com a ajuda da administração dos bancos.

2007 tem que ser diferente
Basta de engolir sapo! Ninguém agüenta mais as campanhas salariais fajutas da Contraf-CUT. Por isso, os bancários de oposição construíram uma pauta de verdade e irão novamente à luta contra a orientação cutista. O Sindicato seguirá nesse mesmo caminho de enfrentamento, insistindo na negociação de uma pauta séria, limpa e coerente, defendendo as bandeiras históricas dos trabalhadores. Haverá nova rodada de negociação com a Fenaban, quinta 31, e o Sindicato marcará presença novamente para, junto com Maranhão, Rio Grande do Norte e Oposição, impor as verdadeiras reivindicações dos trabalhadores.
Todos à luta, até a vitória!