AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

26 janeiro, 2008

Pela eliminação das famigeradas portas giratórias

Todos os dias, à luz do dia, milhões de pessoas são submetidas a constrangimento ilegal pelas portas giratórias instaladas nos bancos, descaradamente e frente a outras milhões de pessoas por testemunha que, em seguida, serão as próximas vítimas, nas filas que se formam atrás dessas portas que são verdadeiras aberrações.

Difícil encontrar alguém que ainda não tenha passado pelo constrangimento de ficar barrado numa dessas portas.

E não é a porta que barra as pessoas, são pessoas que controlam essas portas e que as destravam dependendo da aparência da vítima, numa clara discriminação. Estando bem vestido, dificilmente alguém será impedido de entrar no banco, ainda que a porta trave uma vez e se retire um reles objeto de metal do bolso. Já, o mesmo não acontece se a pessoa não tiver uma aparência que agrade o vigilante que controla a porta giratória. A porta travará, ainda que você se submeta às esdrúxulas regras do banco e retire dos bolsos ou da bolsa todos os metais que estiver portando.

Essas portas são inúteis em se tratando de prevenir assaltos, uma vez que o julgamento da idoneidade da pessoa fica a cargo de outra pessoa, o vigilante que está com o controle remoto na mão. É verdade que a porta trava automaticamento através de sensores eletrônicos que detectam metais, mas o destravamento é manual e submetido à vontade de quem tem poder para fazê-lo.

De antemão, para essas portas, todos somos julgados culpados. joga-se no lixo a presunção de inocência e da boa fé objetiva garantida a qualquer ser humano, inverte-se a lógica do ônus da prova, obrigando a pessoa honesta a provar que é honesta, sob pena de não ter seu acesso permitido ao recinto.

Absurdamente, o movimento sindical bancário, que ironica e contraditoriamente se intitula "sindicato cidadão" é um ferrenho defensor do uso dessas portas giratórias pelos bancos, sob o pretexto de que elas dão mais segurança aos trabalhadores bancários.

Será mesmo que elas dão mais segurança aos bancários? Claro que não! Os sequestros de funcionários e de familiares de funcionários de bancos é uma modalidade de crime que não existia até o advento das portas giratórias; os assaltos a bancos não diminuiram com a adoção das tais portas e o aumento da violência decorrente do estresse causado nas pessoas que indignadas se veem coagidas e constrangidas pelo travamento dessas portas provam o contrário. Provam que, além de ofensivas a vários direitos das pessoas, são ineficientes para a prevenção de assaltos e ainda são responsáveis por violências que só seriam evitadas se o uso dessas portas por parte dos bancos fosse proibido.

20 janeiro, 2008

A sociedade da ignorância, do medo e da mídia do pensamento único da classe dominante.

Por: Mauro Rodrigues de Aguiar


Todos já devem ter ouvido falar de pensamento único, de mídia, de luta de classes e de política, mas no fundo, ignoram o significado disso tudo. Pois não deveriam ignora-los, afinal essas coisas tem a ver diretamente com os gravíssimos problemas sociais que o mundo vive que, consequentemente interfere na vida individual de cada um.
Mas, existe um problema que é o que acarreta todos os demais problemas e, se é certo que todos gostariam de ver os problemas pelo menos minorados, todos devem saber qual é esse problema e que, só a partir da tomada de consciência sobre qual é esse problema que puxa todos os outros problemas é que a sociedade poderá começar a trilhar um caminho no rumo certo da solução de todos os demais problemas.
O primeiro e principal problema a ser resolvido – e cada um tem de procurar resolve-lo, primeiro em si próprio, individualmente - é o problema da ignorância.
A verdade é que ninguém é ignorante porque quer, ninguém passa fome porque quer, ninguém tem problemas na vida porque quer, assim como também é certo que tudo pode ser mudado para melhor para si e para todos a partir da tomada da consciência sobre esse primeiro problema a ser solucionado.
Por que o problema da ignorância é o primeiro problema a ser solucionado? Resposta: porque a ignorância é o principal problema, é a ignorância que cega a compreensão de todos os demais problemas que temos que enfrentar, até a construção de um mundo melhor para todos. Como solucionar o problema da ignorância? Resposta: primeiramente, temos que combate-la em nós mesmos e, em seguida incentivar as pessoas de nosso círculo de influencia, colegas, amigos e parentes a faze-lo também. Como combater a ignorância em nós mesmos? Resposta: procurando ser autodidatas, ou seja, procurando ampliar nossos conhecimentos por conta própria, lendo, ouvindo e vendo de tudo, de direita e de esquerda, sem exceção, não esperando que todo conhecimento de que precisamos nos seja dado pela escola, levando em consideração mesmo que a escola tem um currículo e metodologia, impostos pelo estado e dirigidos à manutenção do sistema político ideológico responsável pela perpetuação dos atuais problemas e, por isso seu objetivo é perpetuar a ignorância e não nos libertar dela. O mesmo vale para a mídia escrita, falada e televisiva. O estado e seus apêndices (a escola, os poderes, a igreja e principalmente os Meios de Comunicação de Massa) sabem muito bem que manter o povão na ignorância e tirar-lhe o chão debaixo dos pés, é desarma-lo completamente e torna-lo tutelável, vulnerável, dependente.
Portanto, a partir de hoje, procure ajudar a construir uma sociedade mais justa, jogue a ignorância no lixo da história, aprenda a “filtrar”, analisar todas as informações que lhe chega, persiga mais e mais o conhecimento. Lembre-se que, se vivemos num mundo com tantas desigualdades sociais, tanta violência cega, e tantos desmandos impunes de “autoridades” é porque vivemos e nos acomodamos na ignorância e acabamos aceitando como verdades as mentiras da mídia do pensamento único da classe dominante.

12 janeiro, 2008

Insanidade midiática

INSANIDADE

Fico profundamente indignado com o simulacro de jornalismo que temos hoje. Clovis Rossi e todos os demais “articulistas” de jornais críticos mordazes ao reconhecimento de guerrilhas políticas como as FARC-EP e o ELN como movimentos insurgentes por motivos políticos e não como criminosos comuns, desprovidos de qualquer objetivo político-social, parecem não se dar conta da dimensão da injustiça que cometem; injustiça e fomentação da injustiça maior ainda do que o seqüestro em si efetivados por esses movimentos insurgentes. Agindo assim, essa mal disfarçada imitação de órgãos de imprensa e de jornalismo, parece não querer promover a paz, mas sim perpetuar a guerra. O caminho em direção à paz exige em primeiro lugar esse reconhecimento, exige que se diga a verdade sobre os fatos que originaram a criação desses movimentos, exige que se diga que esses homens e mulheres das FARC-EP e do ELN são heróicos guerrilheiros que abriram mão de uma vida “normal” como qualquer ser humano tem direito, por uma vida em inóspitas selvas, em condições sub-humanas, não por um desejo masoquista mas por circunstâncias que não foram eles que criaram, por uma guerra que não foram eles que declararam e que eles jamais desejaram.

Quem, além da crítica e da recusa em reconhecer as FARC e o ELN como movimentos políticos, envereda pelo campo da mentira, comparando-as com máfias de traficantes, de criminosos cruéis desprovidos de qualquer sentimento de amor, de qualquer ideário de justiça, fomenta ainda mais a guerra e a injustiça. Esses movimentos não existiriam se não fossem as injustiças sociais - perpetradas pela política tradicional - que assolam a humanidade e, sutilmente, mantém milhões de reféns das desumanas regras capitalistas.

A verdade é que os movimentos guerrilheiros como as FARC-EP e o ELN lutam pela paz para todos, contra a pior das violências que é a violência da fome perpetrada pelo estado contra a qual elas apenas viram a necessidade de se insurgir em armas para se defender – com o nobre objetivo de derrotar - numa guerra já declarada a muitos e muitos anos pelo estado contra os trabalhadores, para enfim implantarem a igualdade.

Quem, como essa imprensa reacionária e seus “articulistas”, apenas propaga o ódio, inventando mentiras contra os heróicos insurgentes revolucionários, contribui enormemente para a perpetuação dessa guerra contra a injustiça e da violência da fome, combustível desses movimentos insurgentes, que inevitavelmente acaba por vitimar milhares de pessoas.

Assim como os heróicos guerrilheiros das FARC-EP, do ELN e de todos os militantes socialistas, comunistas ou anarquistas que lutam contra as imposições violentas do capitalismo, tenho esperança ainda que algum dia a humanidade conquiste a paz, apesar da força dos desonestos meios formadores da opinião pública que estão na trincheira dos algozes nesta guerra suja e desigual.

Em defesa da Paz e da Justiça Social, contra a violência estatal, procuremos fomentar a paz e não a guerra. A guerra a ninguém beneficia. A imprensa tem um papel fundamental para que a humanidade possa atingir esse objetivo.