Em nota dirigida aos funcionários do BB, o banco tenta se livrar das negociações da mesa única e responsabilizar a Fenaban pela falta de propostas.
Se o governo quer acabar com a greve, deve negociar imediatamente a reposição das perdas, PCS, isonomia e toda a pauta específica dos bancários.
O BB mente ao dizer que a maioria dos funcionários não aderiu à greve. Esta tentativa de quebrar o movimento mostra a força das paralisações.
O voto de confiança que o Banco pede deve ser uma prática que acabe com o assédio moral, as metas, a trava de dois anos e dê melhores condições de saúde e trabalho a cada dia do ano e não somente quando os funcionários dizem um basta a esta situação.
A greve forte vai impor que a direção do BB e o governo, que abriram os cofres para salvar banqueiros e grandes grupos econômicos com dinheiro público, negociem seriamente com os seus funcionários.
Essa é a reposta unitária dos bancários a essa provocação.
Veja abaixo a íntegra da mensagem.
Colega,
O Banco do Brasil vive uma grande fase de crescimento e expansão. Reconquistou a liderança do mercado e foi fundamental ao nosso País, contribuindo para enfrentar a crise internacional, garantindo a expansão do crédito e a manutenção da atividade produtiva. Além disso, o BB faz incorporações de forma diferenciada, com absoluto respeito às pessoas, mantendo os postos de trabalho.
Neste momento, a maioria do funcionalismo do Banco do Brasil está trabalhando e acreditando no diálogo. Esse contingente tem se esforçado para manter a normalidade dos serviços para os nossos clientes. O diálogo se estabelece como em poucos momentos na recente experiência de negociações no BB. A comunicação se acentuou fortemente, mantendo o funcionalismo informado. A transparência é a tônica do relacionamento. O Banco tem se empenhado diretamente na busca das soluções que todos desejam.
Desde o início da campanha salarial, o BB já realizou uma série de negociações e, em todas elas, apresentou avanços, como a garantia de contratação de funcionários, parcelamento de férias aos funcionários com 50 anos de idade, ou mais, e abordou uma importante reivindicação dos sindicatos, que é o combate ao assédio moral. O Banco concordou com a implementação de Comitês de Ética em todos os Estados do País, com participação de funcionários escolhidos por eleição direta acompanhada pelo sindicato da categoria e com estabilidade no emprego. Itens relevantes como valorização do PCS, lateralidade/representatividade, venda/acumulação de abonos, entre outros estão em fase final de análise para serem apresentados ao funcionalismo.
Após ampla negociação com o movimento sindical, o Banco do Brasil tem a convicção de que avançou com o objetivo de alcançar rapidamente o desfecho da campanha, com seus funcionários retornando ao trabalho. O BB pretende englobar em sua proposta final, não apenas as questões econômicas, mas também temas como saúde e segurança, emprego, condições de trabalho, questões comportamentais e diversidade.
Importante destacar que o Banco do Brasil não tem sido entrave para uma solução de índice e PLR na mesa da Fenaban. Nosso posicionamento é o de acelerar um entendimento daquela entidade para uma proposta final. Nossa PLR, que se constitui numa referência, deverá manter o mesmo formato dos semestres anteriores. A disposição do Banco continua sendo a do entendimento. Não podemos apresentar índice de reajuste isoladamente e acreditamos que o funcionalismo do BB compreenda essa lógica da mesa única, em que nenhum banco apresenta proposta econômica isolada.
Nosso apelo é para que todos reflitam e analisem a postura que o Banco do Brasil adotou nessa data-base e o respeito com que vem agindo nesse processo. Conclamamos o funcionalismo a retornar ao trabalho e dar um voto de confiança a essa disposição de entendimento, principalmente nesse momento em que se iniciam pagamentos importantes de salários de outros trabalhadores, em especial dos aposentados, notadamente um público de baixa renda.
O BB acredita e está empenhado num rápido desfecho da negociação.
Conselho Diretor do Banco do Brasil"
A oposição Bancária de Mogi das Cruzes e região tem por objetivos, juntamente com a Oposição Bancária Nacional, resgatar a autonomia e independência frente a governos, partidos e patrões, há muito deixados de lado pelo movimento sindical da CUT e colocar novamente os sindicatos a favor da luta dos trabalhadores.
AGORA É GREVE!
Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!
NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS
GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!
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