AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

18 setembro, 2009

Quem diria! O próprio Lula dando ordens para os sindicalistas acabarem com a greve dos Ecetistas

Colegas, pelo visto a campanha salarial dos bancários está indo na mesma direção, com a diferença que na categoria bancária poucos dirigentes sindicais são independentes do governo.

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18/09/2009 - 14h45
Lula pede a sindicalistas "coragem" para acabar com greve nos Correios
Guilherme Balza, do UOL Notícias

Em discurso durante a inauguração das obras da BR-448, em Sapucaia do Sul (RS), nesta sexta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu um recado para os dirigentes dos sindicatos de trabalhadores dos Correios colocarem um fim à greve da categoria.

Ex-líder sindical, Lula defende fim da greve nos Correios

Ontem, funcionários de 31 dos 36 sindicatos ligados à Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) não aceitaram a proposta apresentada pela estatal e decidiram manter a paralisação.

"O bom dirigente sindical é aquele que tem coragem de começar a greve e tem coragem de acabá-la. O dirigente que fica pedindo aquilo que está além das possibilidades [da empresa], apenas para dizer que vai continuar em greve, pode levar os trabalhadores a prejuízos enormes no final das contas", afirmou o presidente.

Lula teve momentos de "pelego", diz sindicalista

"O próprio Lula, quando era dirigente sindical, acabou com greves que ele não poderia ter acabado. Ele tem que rever o seu passado de dirigente sindical antes de falar isso. Inclusive a história mostra que teve momentos em que ele foi 'pelego'", diz Nilson Rodrigues, integrante da Fentect em Curitiba que ontem entregou ao presidente a lista de reivindicações da categoria.

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 41,03%, aumento linear de R$ 300 para todos os funcionários, além de redução da jornada de trabalho e contratação de mais servidores por concurso. Os Correios apresentaram sua contraproposta, que valeria para os próximos dois anos, oferecendo aumento salarial de 9%, reajuste linear de R$ 100, aumento no valor do vale-refeição de R$ 20 para R$ 21,50 por dia e no vale-transporte de R$ 110.

Diante da negativa pelo fim da greve, os Correios apresentaram recurso hoje no TST (Tribunal Superior do Trabalho) para colocar um fim ao impasse. "A proposta dos Correios é razoável e eu acho que a vanguarda deveria se curvar diante da vontade da maioria", afirmou Lula. "Essa vontade [de manter a greve] não é da vanguarda ou das direções do sindicato, e sim do conjunto dos trabalhadores", rebate o sindicalista.

O que mais causa rejeição entre os trabalhadores entre todos os itens da proposta da estatal, e que está sendo decisivo para a continuidade da greve, é o acordo valer pelos próximos dois anos. Os funcionários exigem que o acerto valha somente até o ano que vem, segundo a Fentect. "O governo quer fechar um acordo com as estatais pelos próximos dois anos porque quer afastar a possibilidade de greves e protestos por melhores salários em ano de eleição e, assim, evitar desgastar o candidato do presidente", diz Rodrigues.

As eleições do ano que vem ocupam um papel importante dentro da negociação pelo fim da greve. Na última quarta-feira, dia em que a greve começou, o grupo formado por trabalhadores dos Correios que participou da comissão de negociação rachou, segundo a Fentect.

Dos sete integrantes do grupo, três são ligados à Articulação Socialista (do PT) e à Corrente Socialista Classista (do PCdoB), setores que apoiam o governo federal. Os outros quatro integrantes são ligados à Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), Movimento Resistência e Luta e PCO (Partido da Causa Operária), correntes de oposição ao governo petista.

Só concordaram com a proposta apresentada pelos Correios os três integrantes das correntes ligadas ao governo, ou seja, a minoria. Logo, os outros quatro representantes iriam redigir o informe indicando aos sindicatos regionais a continuação da greve. No entanto, os outros três membros "atravessaram" e enviaram antes o comunicado pelo fim da greve.

Outras exigências

A Fentect também reivindica redução da jornada de trabalho sem redução de salário, fim da terceirização, auxílio creche e educação, contratação de mais servidores e reintegração dos servidores demitidos, participação nos lucros no acordo coletivo, entregas de correspondência no período da manhã e fim dos assédios morais e sexuais.

A estatal afirma que não pode oferecer proposta melhor e que, por esta razão, recorreu ao TST. O argumento é que oferecer um reajuste maior prejudicaria a saúde financeira da estatal e dependeria da liberação de recursos do Ministério do Planejamento. Segundo os Correios, as negociações com os trabalhadores se arrastam por mais de um mês.

Adesão

No total, os Correios possuem 116 mil funcionários. A maioria dos trabalhadores paralisados é formada por entregadores, motoristas, operadores de triagem, funcionários de agências, motoqueiros, entre outros, segundo a Fentect. Somente as regionais da Bahia, Rio Grande do Norte, Bauru (SP) e Santa Maria (RS) não estão paralisadas. Os funcionários do Rio de Janeiro decidem se mantêm a paralisação nesta sexta-feira (18).

De acordo com sindicato, a adesão à greve alcançou 60% dos funcionários. Já de acordo com os Correios, 31% dos funcionários aderiram à greve. Há dois dias, quando a paralisação começou, a adesão era de 8%, segundo a própria empresa.

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