AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

29 setembro, 2009

Bancários continuam em greve e exigem negociação com o governo

Para destravar negociação com a Fenaban

Exigir negociação com o Governo sobre a Pauta do BB e da CEF

A greve dos bancários entrou em uma semana decisiva. Por um lado, a imensa indignação com as condições de trabalho dá gás e força a greve. De outro, a intransigência dos banqueiros e do governo, mostra sua cara, pois mesmo dizendo que marcarão data para nova negociação, de fato ainda enrolam a categoria.

Em uma das maiores greves dos últimos anos, temos que aproveitar a mobilização para de fato levarmos a luta à vitória. Só que para isso, precisamos

desfazer o teatro de outros anos montado pelos banqueiros e governo, e infelizmente apoiado pela Contraf/CUT. E por isso, pra garantir o rumo certo para a mobilização, algumas medidas são necessárias.

Em primeiro lugar, podemos e devemos aproveitar as divisões entre os nossos inimigos. Governo e banqueiros atuam juntos (só ver a ajuda de R$ 200

bi que os bancos receberam de Lula), no entanto, existem contradições. A começar pela grande mobilização de seus funcionários (BB, CEF e Nossa Caixa).

Assim é mais do que correto insistir na negociação específica, começando pelas Perdas Salariais, Piso, Isonomia e PCS. Conquistar essas medidas, garante um novo patamar para a campanha unificada.

Por isso, o Sindicato precisa parar de ajudar a esconder o governo. Nossa greve é antes de tudo independente dos partidos e patrões. E falar em unidade de mesa de negociação é estar fazendo o jogo do adversário, pois desde sempre o movimento sindical lutou unificado, buscando as mais diversas negociações, pois é assim que se vence uma luta.

Em segundo lugar os bancários tem um papel muito importante a cumprir: a participação na greve. E o significado disso, pra além de manter a adesão e ampliá-la (fundamental para arrancarmos negociação), é ir a assembléia, vir à porta do banco e discutir os rumos de nossa luta.

Só assim vamos garantir uma greve forte e mais, um rumo correto para ela. Arrancamos a primeira conquista, está colocada a possibilidade de breve negociação, e temos a chance de usar essa pequena vitória para vencer a batalha.



Proposta de moção dos bancários ao governo para serem abertas as negociações

Esta é uma proposta de Moção ao governo, para ser defendida nas assembléias, cobrando de Lula a abertura de negociação nos bancos federais.

Estamos propondo a moção porque nos foi informado que as negociações na Fenaban estão travadas e não há possibilidades de avançarem.

Assim, entendemos que é importante as assembléias aprovarem uma cobrança ao Comando Nacional para que envie a Moção ao governo exigindo abertura de negociação no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, para destravar as negociações.


Carta ao Comando Nacional



Sr’s,



A Assembléia dos Bancários de................. Deliberou por cobrar do governo a abertura de negociação nos bancos federais, visto que os bancos privados estão com muita intransigência e travaram as negociações.

Os trabalhadores em greve lutam para melhorar seus salários, queremos só o que é nosso. Por isso, chamamos o Comando Nacional a aprovar a moção abaixo e enviar ao governo Lula, anunciando a imprensa sobre esta proposta.



Moção dos Bancários ao Governo Lula

Os bancários de todo o país iniciaram uma greve geral da categoria no ultimo dia 24. Os bancos receberam mais de 200 bilhões de reais, de vosso governo, no final do ano passado, por conta da crise econômica que se abateu sobre o mundo.

No primeiro semestre deste ano, o sistema financeiro brasileiro alcançou o estrondoso lucro de 14 bilhões de reais, e pode dobrar este valor até o fim do ano.

No entanto, a Fenaban mantém uma postura tacanha e intransigente nas negociações. Depois de sua oferta e da recusa dos trabalhadores em aceita-la, com a greve cessaram as negociações e não estamos com perspectivas de retomá-las.

Por isso, entendemos ser muito importante a retomada das negociações nos bancos públicos e um possível acerto, com uma proposta satisfatória, para se destravar as negociações na Fenaban.

Greve forte faz Banqueiros e Governo recuarem


Negociações acontecem nesta quarta e quinta-feira

A paralisação nacional dos bancários é forte.

A adesão da categoria mostra que podemos quebrar a intransigência do governo e dos banqueiros. A greve que chega ao sétimo dia continua crescendo e os patrões, que estavam calados depois da provocação de 4,5% de reajuste e PLR menor que do ano passado, marcaram negociações com o Banco do Brasil nesta quarta-feira e Fenaban e Caixa Econômica Federal na quinta.

Mas não podemos vacilar. Entendemos que as perdas dos bancários são bem superiores aos 10% pedidos pela Contraf e os sindicatos da CUT e não vamos aceitar encerrar o movimento com propostas rebaixadas e sem negociar as pautas específicas dos bancos públicos.

Temos que exigir que Lula, que entregou bilhões para os bancos, negocie a reposição das perdas, isonomia por licença-prêmio, ATS, PCS e PCF, com contratação de mais bancários e jornada de 6 horas para todos, sem redução salarial.

Só mobilização garante conquistas!

Todos à assembléia

Negociações específicas só com greve. As “mesas de enrolação permanente” depois das campanhas salariais deixam o governo e os sindicatos a vontade para negociar sem a pressão da base. A recente greve dos profissionais da Caixa mostrou que, depois de 51 dias de paralisação, possibilitou a eles conseguirem conquistas específicas negociando diretamente com a empresa. Eles são cerca de dois mil. A categoria soma mais de 400 mil bancários.

Mas para isso, os bancários têm que aderir em peso aos piquetes nos bancos, acompanhar diretamente o movimento e participar em massa das assembléias.

As últimas campanhas salariais mostraram que muitas manobras podem colocar um fim a campanha salarial com propostas muito aquém do que poderíamos alcançar. Não podemos confiar nos negociadores de plantão assim como nos sindicatos da CUT que se escondem na mesa única para preservar o governo. Acordos feitos pela CUT com Lula, como o fator previdenciário que introduz o sistema 95, mostram que só a mobilização será capaz de impor outro script nesta campanha.

MNOB defende as prioridades nas negociações específicas:

Caixa Econômica Federal: Reposição das Perdas. Mais contratações. Isonomia. PCC digno

Banco do Brasil:Reposição das Perdas. Piso e PCS. Isonomia e anuênio para todos. Fim da lateralidade e da Trava de dois anos

Nossa Caixa: PLR para todos. Nenhuma demissão e nenhum direito a menos na fusão. Isonomia de direitos entre BB e Nossa Caixa


Servidores Federais param no dia 01/10

Servidores de vários órgãos do serviço federal, em protesto contra a inércia do governo em negociar plano de carreira, realizarão quinta-feira (1º/10) uma paralisação das atividades por 24 horas, em todo o País. No estado de São Paulo, a decisão de paralisar foi tomada em assembléias em diversas categorias, dentre elas o Ministério do Trabalho e Emprego, a Advocacia Geral da União, o INCRA, o IBAMA, o ICMBio a Conab. Outros órgãos estão discutindo a mobilização, dentre eles: a Ciência e Tecnologia e a Cultura.


Greve nacional: Bancários vão exigir de Lula abertura de negociação



MNOB vai propor aos Comandos de Greve a aprovação de uma moção exigindo de Lula a abertura de negociação nos bancos públicos para pressionar as negociações nos bancos privados e na Nossa Caixa



Da redação







Sérgio Koei



Bancários aprovam greve em São Paulo







Bancários de todo o país cruzaram os braços no último dia 24, quinta-feira. A greve nacional já começou forte e se ampliou ainda mais no segundo dia. Os bancários protestam contra a proposta rebaixada realizada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) durante as negociações da campanha salarial da categoria.



Apesar de o lucro dos maiores bancos do país superar os R$ 14 bilhões só nesse primeiro semestre, os banqueiros apresentaram uma proposta que cobre apenas a inflação no período, ou 4,5%. Ou seja, nada de aumento real. Além disso, a proposta de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos bancos somaria um valor inferior ao recebido pela categoria em 2008.



Como se isso não bastasse, os bancários enfrentam demissões, como as ocorridas de processos de fusão dos bancos (Santander e Real; Itaú e Unibanco). Sofrem ainda com a sobrecarga de trabalho.



A reposta da categoria foi uma greve que, de adesão, já supera a greve de 2008. Os dois primeiros dias de paralisação contaram com o fechamento de mais de 4.700 agências bancárias e centros administrativos. ”A greve está muito forte, atingiu até agora 80% dos locais de trabalho no país, só em São Paulo mais de 35 mil bancários pararam” avalia Wilson Ribeiro, bancário da Caixa Federal e dirigente da Oposição.



Defasagem



Enquanto a direção da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro) e os sindicatos cutistas reivindicam reposição salarial de apenas 10%, o Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB) exige 30% de reajuste, já que, só de perdas acumuladas de julho de 2004 a agosto deste ano, os bancários amargam 24% de defasagem. Ou seja, o que pede a CUT e seus sindicatos é menos da metade das perdas. Já a Contec (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito, a outra confederação, originada da antiga CGT) reivindica 25% de reajuste.



O MNOB exige ainda mesas específicas de negociação que atendam os bancos públicos. Isso porque os bancários de bancos como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal sofrem com perdas de, respectivamente, 80% e 90%. ”Mesmo que por enquanto ainda não tenha se definido nada no âmbito da Fenaban, orientamos que continuemos a greve nos bancos públicos”, afirma Wilson.



Já a negociação com a Fenaban continua no impasse, diante da intransigência dos banqueiros.



Moção



Na reunião do Comando Nacional de greve neste dia 28, o MNOB vai cobrar dos Comandos de Greve a aprovação de uma moção exigindo de Lula que force a abertura de negociação no Banco do Brasil e na Caixa Federal, ajudando assim a pressionar por negociação também nos bancos privados e na Nossa Caixa.





ENTENDA



PERDAS ACUMULADAS (de julho de 2004 a agosto de 2009)



Bancos privados - 23,25%



Banco do Brasil - 80,49%



Caixa Econômica Federal - 90,84%







O QUE REIVINDICA:



Contraf-CUT - 10%



Contec - 25%



MNOB - 30% e mesas específicas para repor as perdas nos bancos públicos

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