AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

17 outubro, 2011

MOTIVOS PARA REJEITAR A PROPOSTA ESPECÍFICA DA CAIXA

A proposta específica da Caixa é completamente insatisfatória. Não atende absolutamente nada de nossas reivindicações, mantendo as perdas salariais inalteradas, concedendo uma PLR que não é nem sombra da pretendida e ainda por cima INAUGURANDO A TRÁGICA POLÍTICA DE CORTAR NÍVEIS NO PLANO DE CARREIRA, fingindo “aumentar o piso”, quando na verdade, está apenas “cortando o 1º degrau do plano”, acavalando funcionários com tempos diferentes de banco e discriminando a ampla maioria do quadro, que só receberá 9% de reajuste.

Reajuste indecente apenas da inflação: a inflação desde nossa última campanha salarial até agora já beira os 8%. Até dezembro, deve alcançar os míseros 9% que nos estão propondo. É tão pouco, que até o péssimo reajuste de 7,5% em 2010, rejeitado pela base de POA, representava 3% acima da inflação; enquanto o atual representará meros 1,5%. É inaceitável um acordo ainda pior que o do ano passado, mantendo nossas perdas em mais de 90%.

Discriminação maior que em 2010 e ameaça ao PCS: o sindicalismo governista afirma que farão justiça ao reajustar o pessoal do Reg/Replan em R$39, discriminação sofrida em 2010. Mas não afirmam que a proposta vai “engolir um nível” do nosso PCS todo! Ou seja, a discriminação nesse ano será maior ainda, pois 90% dos funcionários serão aproximados do piso da Caixa, que será reajustado sem repercussão nos demais níveis, inaugurando o achatamento do PCS, prática nefasta comum no Banrisul, onde hoje 40% dos funcionários está no piso do plano de carreira.

Manutenção dos prejuízos dos “Reg/Replan”: mesmo os colegas deste plano não terão reparação alguma, pois nem os R$ 39 serão retroativos, nem as restrições a PSIs, equiparação de função com o novo PCS, etc., serão resolvidas.

PLR rebaixada: lembram que o sindicato disse que lutaria por uma PLR de R$4500 + 3 salários? Não ganharemos nem perto dos R$4500, muito menos dos 3 salários (será 0,9 salário). Isso que a CEF lucrou 36% mais no 1º semestre.

Isonomia enterrada de vez: o “ano da isonomia” de 2010 ficou no esquecimento e ABSOLUTAMENTE NADA a respeito do tema foi sequer discutido a sério neste ano. É a Contraf/CUT abandonando de vez nossos direitos históricos.

Tíquetes-fome: também se fez um grande alarde na reivindicação de R$ 545 tanto para o vale alimentação como para o refeição. Ao final, nem perto disso. A inflação dos alimentos é a que mais sobe, mas nosso tíquete seguirá menor até mesmo que o dos carteiros, que o dos colegas do Banrisul, etc.

Saúde Caixa sem solução: outro “avanço” segundo a Contraf/CUT. Na verdade, o superávit recorrente que deveria servir para diminuir as contribuições dos bancários ou melhorar os serviços, por exemplo reajustando a tabela de procedimentos, seguirá sendo confiscado pela CEF, que só prometeu “estudar uma solução”.

CCV para se conformar com pouco: Este é um dos maiores ataques embutidos na proposta. Significa impor uma barreira a que os colegas reivindiquem seus direitos na Justiça, exigindo que antes sejam assediados a aceitar qualquer coisa rapidamente, abrindo mão de direitos.

CCV 7ª e 8ª horas para abrir mão de direitos: É o mesmo caso, mas ainda pior, pois se trata de um passivo com ganho certo na Justiça, que o sindicato vem negligenciando e que agora seria transformado em acordos de muito menor valor. Um desserviço completo a favor do patrão.

A Contraf/CUT e os sindicatos cutistas evidentemente, defendem a aceitação da proposta. Fazem isso porque são o sindicalismo do patrão e atrelado ao governo. Defendem esta proposta como todos os anos defenderam os acordos rebaixados que nos levaram à situação atual, de salários defasados, assédio moral generalizado, correspondentes e terceirizações por todo o lado.

O colegas do Bancários de Base e da Frente Nacional de Oposição Bancária defendem que não podemos sair da greve após termos ganho somente 1% a mais de reajuste. Isso é uma vergonha e um desrespeito! Vamos rejeitar a proposta, que não nos contempla, seguir em greve e arrancar conquistas de verdade, e não as conquistas ilusórias em que vão querer nos fazer crer através dos próximos jornais sindicais, comemorando vitória onde não existe.

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