AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

08 novembro, 2006

Ainda sobre a greve

Apesar de muito forte, esta greve foi silenciosa, com uma fraca participação da categoria nas assembléias e piquetes. Isso foi um dos motivos que facilitou para os sindicatos da CUT desmontar greve colocando gerentes dentro dos sindicatos.
A base colocou o tempo todo de que não queria ir ao sindicato porque não queria ouvir os dirigentes e suas mentiras e manobras, não queriam se aborrecer. Também não queriam fazer piquetes porque estavam decepcionados com as greves passadas e não se dispunham a militar nesta greve, se limitando apenas em fazer a greve.
Essa é uma questão que temos que discutir com a base. Quando tentamos fazer o Encontro Nacional de Base para discutirmos uma alternativa ao que os sindicatos estavam fazendo contra a categoria, passando por cima de todos e entregando uma pauta que ninguém sabia, ficamos surpresos ao ver que era quase unânime o apoio a nossa iniciativa, mas ninguém se dispunha a participar do Encontro.
Portanto, não só quando os pelegos da CUT estão fazendo as atividades é que a base se ausenta, mas também quando uma alternativa está sendo proposta a omissão é grande.
A experiência das greves anteriores e a decepção com a direção do movimento são os elementos mais importantes para o ceticismo e a ausência nos debates e fóruns do movimento.
Para que possamos dar a volta por cima e construir uma nova alternativa, que tenha força e que possa realmente suplantar a turma da CUT precisaremos da ampla participação da base para legitimar nosso movimento.
Essa é mais uma questão importante par nossos debates nos Encontros. Outra questão é sobre a unidade dos bancos públicos e privados, e também a unidade com os terceirizados, já que hoje o número de terceirizados é quase igual ao de bancários.
Nesta última greve se repetiu um processo comum, que foi a greve forte nos bancos públicos federais, com alguma força nos estaduais e muito fraca nos privados. O mesmo se dava em relação a presença nas assembléias.
Esse atraso na organização dos bancos privados também precisa ser debatido e a mobilização conjunta com mesas de negociação em separado é um dos temas a ser debatido.
Também o tema sobre a automação, internet e correspondentes bancários foram elementos que levaram a categoria a ficar um tanto cética por entender que o sistema financeiro continuava funcionando apesar da forte greve. Isso não foi bem assim, e a greve colocou em crise a direção do movimento, os banqueiros e o governo, colocando uma crise na flor da sociedade.
Com a greve não só os bancos tiveram prejuízo, como também foi questionada a política do governo em relação à política econômica que está vigendo no país.
Todas essas são questões importantes para ser ressalvados nos debates sobre a greve.

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