AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

27 setembro, 2011

A exploração e luta dos bancários

Passados 16 anos, a realidade demonstrou que a reestruturação bancária, realizada por FHC, só favoreceu
os banqueiros.
Na década de 1980, havia uma agência para cada 7.432 habitantes. Hoje, há uma agência para cada 9.615 habitantes.
Este relação é ainda mais grave ao consideramos o aumento do número de correntistas. Em 2010, já tínhamos 151 milhões de contas bancárias, para apenas 605 mil bancários. Cada bancário “toma conta” de cerca de 250 mil contas. Como se isso já não fosse suficiente, houve uma redução espetacular do número de bancários. Em 1990, havia 826.244 bancários. 20 anos depois, este número caiu para somente 486.196 trabalhadores diretos dos bancos (605.580 trabalhadores, contando com os terceirizados que trabalham nas agências). Uma queda de 41%.

Com tudo isso, os bancários acumulam perdas salariais. Se os lucros cresceram a uma média de 121% ao ano nos últimos 16 anos, a folha salarial cresceu apenas 19% ao ano.

Em 1995, um funcionário custava para o BB o equivalente a 21Salários Mínimos. Atualmente, o custo médio por funcionário está em 7,5 salários mínimos. A exploração é tanta que um trabalhador do Itaú paga seu salário mensal em 11 horas de trabalho, já que cada um rendeu para o banco R$ 839 mil reais em 2010, enquanto o banco gastou apenas R$ 78 mil entre salários e encargos.

Ao invés de ampliar o número de agências e de bancários, a incorporação de amplas massas aos serviços bancários se dá através de um triplo processo de precarização.

De um lado, cria-se um serviço bancário paralelo, por meio dos correspondentes-bancários, com salários 75% mais baixos, sem organização s i n d i c a l, com jornada de 08 horas e sem segurança adequada.

Por outro lado, reduz-se o número de bancários e os pressiona a aceitarem salários e condições de trabalho rebaixados e a virarem vendedores de produtos do banco.

Por fim, perde também a população, com atendimento de baixa qualidade, com longas filas e ainda mais exposta à violência. Os “correspondentes bancários” são a flexibilização completa da categoria e um salto no grau de exploração dos bancários. Este golpe foi orquestrado pelos bancos e BC, que regulamentou o serviço (sem autoridade jurídica para isso), com a conivência dos governos Lula e Dilma.

Por tudo isso, um serviço bancário de qualidade e com recursos usados para o benefício da população só é possível com a estatização do Sistema Financeiro, pela suspensão do pagamento da dívida pública e pela formação de um Banco Único Estatal, sob controle dos bancários e da população trabalhadora.

Uma estatização sem indenização, que garanta a estabilidade no emprego para os bancários, o fim da terceirização, concurso público para duplicar o número de bancários, a universalização dos serviços bancários, sem cobrança de tarifas e um Plano de Cargos e Salários que acabe com as perdas salariais.

(fonte Ilaese)

Nenhum comentário: