AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

05 outubro, 2007

O fura-greve

Acima do direito INDIVIDUAL do “fura-greve” está o direito COLETIVO dos Trabalhadores em greve.

O “fura-greve” SABE que a decisão de uma Assembléia se sobrepõe à decisão individual, mas, simplesmente recusa-se a participar das Assembléias cuja pauta seja a deflagração de greve, achando, talvez, que com isso ficará isento de acatar suas deliberações. Ele SABE que, recusando-se a participar da Assembléia, aceita tacitamente que outras pessoas decidam por ela.

O “fura-greve” SABE que a greve é um DIREITO e um instrumento LEGÍTIMO de reivindicação dos trabalhadores na relação capital X trabalho, onde o lado mais fraco é o trabalhador e que daí nasce a necessidade da união de todos os trabalhadores, para ao menos minimizar a brutal desigualdade na correlação de forças.

O “fura-greve” SABE que sua atitude de furar a greve enfraquece, dificulta e desgasta a luta dos colegas grevistas, diminui as possibilidades de um resultado melhor para todos e aumenta as possibilidades de punições injustas sobre os colegas em greve.

O “fura-greve” SABE o quanto sua atitude de furar a greve colabora com o patrão que o explora e para a CONTINUIDADE dessa situação injusta.

A única coisa que talvez o “fura-greve” NÃO SAIBA é que ele, ao DESRESPEITAR a decisão da maioria de uma assembléia de deflagrar greve, ESTÁ DESRESPEITANDO A SI MESMO, pois, furar greve significa ACEITAR PASSIVAMENTE o desrespeito e a injustiça do patrão sobre ele e sobre os demais colegas, significa abrir mão da própria dignidade.

Por fim, espero que a leitura desse texto não ofenda os que furam greve, mas possa fazer com que o “fura-greve” reflita sobre sua atitude, reveja seus conceitos e passe a somar forças com os grevistas. Ainda que o resultado final da greve seja uma incógnita, certo é que a quem luta solidariamente com os demais colegas sempre ficará preservado o incomparável valor da dignidade.

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