AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

27 outubro, 2008

Para bancários da CEF, suspensão da greve não significou aceitação da proposta

Moral elevada para as próximas batalhas

A base bancária da CEF, presente na assembléia de 24/10 em Mogi das Cruzes ficou tão indignada com a contraf, com o comando nacional, com a diretoria do sindicato, com a proposta da Caixa e com o fato de a maioria das assembléias ter se deixado derrubar pelas manobras das diretorias dos sindicatos e recuado da greve que na votação, cuja pergunta para votação foi "aceitação ou não da proposta" quando deveria ser "suspensão ou não da greve", (pois a votação sobre aceitação ou não já havia sido feita em assembléia anterior e rejeitada por 88 votos a 01) que, nessa última assembléia em Mogi, a "aceitação" da proposta obteve apenas 12 votos, enquanto que a rejeição da proposta obteve 09 votos e abstenções 31, ou seja a soma de rejeições e abstenções foi de 40 votos. Vale salientar que a assembléia esvaziada, com apenas 52 participantes se deveu à falta de perspectiva de muitos colegas que vinham freqüentando as assembléias anteriores, devido ao total boicote da greve na CEF por parte do sindicato e o resultado mais do que previsível da assembléia devido ao quadro nacional amplamente e tendenciosamente divulgado.

Nós funcionários da Caixa não tivemos vitória material com a proposta indigna que a Caixa, o governo lula e o pseudo-comando nacional nos impuseram, mas com certeza tivemos uma imensa vitória moral. O sindicato que temos, é claro, é a derrota moral em si mesmo; essa foi a convicção com que todos saímos da greve, de cabeça erguida para as próximas batalhas.

Forte abraço a todos os bravos e bravas grevistas da CEF e sigamos na luta, com a moral elevada, contra as mazelas do banco e pela derrubada das diretorias "pelegas" dos nossos sindicatos.


O passo a passo da traição na campanha salarial dos bancários 2008, repetição dos últimos anos.

As manobras na organização da Conferência Nacional dos Bancários e Congressos dos Bancos Públicos.
Os delegados representantes dos bancários para participarem da Conferência Nacional dos Bancários e Congressos Nacionais dos bancos públicos, no final de julho, instâncias que deliberam sobre a pauta de reivindicações, estratégias e calendário de atividades para a campanha salarial, não foram eleitos democraticamente em assembléias gerais de base;

Assembléias apenas para referendar as decisões da Conferência e Congressos dos bancos públicos.
Somente depois de definidas a pauta de reivindicações, estratégia da campanha e calendário das atividades da campanha na conferencia nacional e congressos específicos dos bancos públicos, a Contraf/CUT orienta seus sindicatos a convocarem assembléias gerais de base para simplesmente "referendar" o decidido naquelas instâncias antidemocráticas de deliberação.

Entrega da pauta de reivindicações, com grande pompa.
Após "referendada" nas assembléias mal convocadas e manipuladas, a pauta de reivindicações é entregue à fenaban e bancos públicos, em 13 de agosto em cerimônia com grande pompa.

A lavagem cerebral
Cumpridos os três primeiros passos da traição, vem a campanha de propaganda para induzir cada bancário e bancária a aceitar como seu a pauta de reivindicações, a mesa única da Fenaban, o calendário de atividades da campanha, etc, para cuja definição o bancário não teve a menor possibilidade de participação.

Reuniões secretas
Cada passo da trajetória da traição é minuciosamente discutido em reuniões a portas fechadas e assim os traidores fortalecem sempre mais seu domínio sobre os bancários para a condução da campanha salarial, de modo que essa condução se dê sem questionamentos por parte dos bancários;

Preocupação dos traidores não é com defesa dos bancários perante o poderio e ganância dos bancos, é como trair os bancários sem sofrerem muitas conseqüências.
Do início ao fim da trajetória da traição, o centro da preocupação dos traidores é como trair sem que os bancários percebam que estão sendo traídos, para que a CUT e o PT não tenham seus "honrados nomes" prejudicados perante os bancários e eleitores, apesar da traição.
Mas, aos bancários da CEF, as dissimulações das diretorias pelegas já não enganam mais, felizmente.

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