AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

22 julho, 2008

Boletim do Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB)

Encontro Nacional discute reivindicações

No próximo dia 26/07 será realizado em São Paulo um Encontro Nacional de Bancários organizado pelo MNOB, com apoio dos sindicatos do Maranhão, Rio Grande do Norte e Bauru, além das Oposições de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Ceará, Pará e Amapá, Curitiba, Piauí e outras.

Este Encontro discutirá a Campanha Salarial e preparará uma pauta de reivindicações.

Todos os anos, a CUT apresenta uma pauta rebaixada bem ao gosto dos banqueiros. Os lucros dos bancos dispararam, mas os bancários amargam perdas desde a implantação do plano real em julho/94. Para repor estas perdas seria necessário um reajuste de 30,56% para os bancários do setor privado (Fenaban); 91,18% para os do BB e 102,91% para os da CEF.

Para conquistar a reposição integral das perdas é necessário uma grande campanha salarial para dobrar os banqueiros e o governo dentro de uma perspectiva socialista.

Por isso a idéia é que a categoria possa ter uma outra proposta de pauta para ser apresentada nas assembléias como alternativa a da CUT. A pauta que será discutida terá, entre outras, as seguintes propostas:

- 30% de reposição de perdas para todos;

- Não à mesa única;

- Isonomia de salário e de direitos;

- Contra o trabalho gratuito, defesa da jornada de seis horas;

- Contra as privatizações, defesa dos bancos públicos;

- Não à remuneração variável;

- Estabilidade no emprego;

- Não ao assédio moral;

- Piso salarial para área gerencial;

- Delegado sindical em todos os bancos.



Encontro Nacional dos Bancários, dia 26/07, a partir das 9 horas, na Casa do Professor, na Rua Bento Freitas, 71 (Metrô República), São Paulo.



Não a Mesa Única!

Queremos negociações específicas

Desde 2003 a CUT se recusa a negociar diretamente com o BB e a CEFe obriga a categoria a negociar numa mesa única com bancos privados e públicos.

Isso prejudica tanto os bancários do setor privado como os do público.

O governo quer destinar os lucros dos bancos públicos para o superávit primário. Na negociação pressiona para que o reajuste se limite à inflação e para que não se discuta a reposição das perdas acumuladas.

Este é um dos fatores que dificulta que os bancários do setor privado obtenham índices de reajuste acima da inflação.

A CUT esconde o BB e a CEF atrás da Fenaban para não negociar. O fim da mesa única colocará a luta diretamente com os bancos públicos e ampliará a chance de conquistar a reposição e a isonomia.



PLR linear para todos

Todos os bancários têm direito à PLR por igual, já que todos trabalharam para o resultado do banco. O valor da PLR pode ser bem maior do que a CUT tem negociado nos últimos anos.

Pela lei é possível conseguir uma PLR de até 25 % do lucro da empresa. Esse índice distribuído linearmente resulta em uma PLR superior a dez mil reais na maioria dos bancos e para todos os bancários.

Também é necessário um piso de PLR equivalente à média geral dos bancos.



Inflação cresce!

Precisamos de "gatilho" para proteger os salários

Segundo um estudo do DIEESE, os trabalhadores que recebem até 3 salários mínimos são os que mais sofrem com o aumento dos alimentos.

Enquanto o índice variou em 7,83% para esse extrato, para os que ganham de 3 à 10 salários minímos a variação foi de 6,59%. Já para os que ganham mais de 10 salários minímos o índice é de 4,99%. Logo, perdem os que ganham menos, ou seja, a maioria da categoria.

Por outro lado, com a inflação atingindo índices mais elevados, chegando aos dois dígitos, é preciso proteger os salários, pois não é possível ficar com reajuste só uma vez por ano.

A Oposição propõe que seja negociado um gatilho que aumente automaticamente os salários toda a vez que a inflação chegar a 5 %.



Respeito à jornada de 6 horas para todos

A maioria dos bancários trabalha mais de 6 horas por dia. A lei determina que a jornada da categoria é de 6 horas, mas nenhum banco respeita isso.

Com sobrecarga de trabalho, assédio moral, metas inalcançáveis e uma jornada estendida, os bancários estão adoecendo. E quando adoecem, os bancos demitem ou discriminam e retiram comissão.

Por esta razão é muito importante garantir o direito à jornada de 6 horas para todos. Além de ser um direito, faz bem à saúde.




Faça parte deste movimento e dê sua sugestão para a pauta de reivindicações. Entre no Blog www.mnob.blogspot.com e acesse a proposta de pauta para a CEF, BB e Fenaban; se tiver sugestões envie no próprio Blog



Nossa Caixa

Governo Serra junta-se ao Lula para acabar com o último banco público de São Paulo



Depois da privatização do Banespa, o estado de São Paulo ficou apenas com a Nossa Caixa para financiar as obras públicas, e realizar serviços para a populção mais carente e os pequenos empresários.

Agora, o governo Serra está tentando liquidar esse último banco repassando a Nossa Caixa para uma fusão ao BB. Uma política que implica em o governo Lula conceder financiamento do BNDS para a privatização da CESP (Companhia Energetica de São Paulo), que foi a leilão duas vezes e não obteve sucesso em sua venda.

Lula concordou com o acordo e agora o PT e o PSDB trabalham juntos pela privatização da CESP e fusão da Nossa Caxia ao BB.

Os funcionários da Nossa Caixa se reuniram no último sábado dia 12/07, para debater sobre isso. Foram cerca de 3.000 bancários de todo o estado que compareceram para fazer esse debate.

O pessoal da CUT tinha a proposta de discutir apenas a questão dos direitos dos trabalhadores, defendendo que o banco continuasse público, mas não deixando claro que deveria continuar como Nossa Caixa. No fundo o que eles defendiam era que a questão da incorporação pelo BB não teria problema se não houvesse perdas para os trabalhadores.

Foram flagorosamente derrotados pelos fundionários da Nossa Caixa que exigiram a defesa do banco como público e do estado de São Paulo, ou seja, nada de fusão ou privatização.

Votou-se um calendário de luta, mas a CUT não está respeitando esse calendário e nem sequer o divulgou ainda.



Dirigente da Conlutas é demitido

Reintegração de Dirceu Travesso Já!

Dentro da muitas demissões que o governo Serra já fez na Nossa Caixa, há uma em especial que precisa ser debatida pela categoria e todos os trabalhadores.

A demissão do bancário Dirceu Travesso, o Didi, lider da Oposição e direção da Conlutas, é uma afronta ao direito de organização sindical garantida pela lei de centrais sindicais.

Várias entidades sindicais já manifestram o repúdio a essa demissão e a Câmara Municipal de São Paulo e a Assembléia Legislativa, já aprovaram moção pela reintegração do Didi.

O MNOB propõem que se contrua uma grande luta pela reintegração do Didi e de todos os demitidos. Não podemos deixar que Serra ataque os tabalhadores desse jeito.

Esperamos que a Contraf/CUT e seus sindicatos divulguem o calendário de lutas do encontro dos fundionários da Nossa Caixa e encaminhem a luta.



Congresso fortalece Conlutas

Três mil delegados participaram do congresso da Conlutas. A crise econômica internacional e a resistência dos trabalhadores em todo o mundo dominaram o debate no primeiro dia. Depois foi discutida a situação dos trabalhadores brasileiros e latinoamericanos. Entre as propostas votadas está a unificação das campanhas salariais e a luta pelo gatilho salarial.

A Conlutas é uma entidade jovem que já conta com a participação dos melhores lutadores e lutadoras em todo o país. Estiveram presentes os grevistas dos Correios, os funcionários da REVAP (Petrobrás de São José dos Campos), da construção civil de Fortaleza, professores da Apeoesp/SP, entre outros.

Os bancários também estiveram presentes com 80 delegados de 10 estados e debateram os rumos da campanha salarial.

Após o Congresso, foi realizado o Encontro Latino Americano e Caribenho. Ele foi um marco na organização internacional dos trabalhadores e contou com a presença de representantes de 21 países da América Latina, da Europa e EUA.

"Com a Conlutas cresce a organização dos trabalhadores para lutar por um mundo melhor, um mundo socialista" declarou Wilson Ribeiro do MNOB.



Terceirizados conseguem uma grande vitória na Petrobrás

Após uma greve de mais de 30 dias, os trabalhadores da REVAP, de São José dos Campos, obteveram uma grande vitória. Conquistaram um reajuste que chegou aos 20%.

A luta foi difícil, pois além da intransigência da Petrobrás, também enfrentaram a traição do sindicato que é dirigido pela CUT. O presidente do sindicato foi tão pelego que a categoria nem quiz mais que o sindicato dirigisse a greve. A Conlutas acabou ajudando os trabalhadores a organizar a greve.

Essa vitória é importante para demonstrar que a luta pode conquistar e que mesmo com um sindicato pelego, é possível os trabalhadores se organizarem por fora e irem à luta.

Quando fechávamos este jornal, recebemos a notícia de que a REVPA estava demitindo os lideres da greve quando os trabalhadores voltaram ao trabalho. Isso mesmo com o acordo assinado e estabelecendo um garantia de 90 dias de estabilidade.

Como se vê o governo Lula não cumpre os acordos que faz com os trabalhadores. Não é a primeira vez que isso acontece, várias categorias do funcionalismo público federal já passaram por essa experiência com Lula.

Mas, as notícias que temos é que a greve havia sido retomada na REVAP. Este é o caminho dos trabalhadores.



Entre em contato conosco: oposicaobancaria@yahoo.com.br ou www.mnob.blogspot.com

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