- Valor Econômico
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O notável aumento das operações de crédito especialmente para pessoas físicas foi o principal motor do lucro líquido de R$ 1,838 bilhão do Unibanco em 2005. O resultado é nada menos que 43,26% superior ao de 2004. O retorno obtido sobre o patrimônio líquido médio ficou em 21,1%, antecipando em um ano a promessa feita em 2004 de dar ao acionista um retorno acima de 20%. No quarto trimestre de 2005, o retorno anualizado do Unibanco já atingira os 24,2%, ficando acima dos 20% pelo quinto trimestre consecutivo. Mas é a primeira vez que a rentabilidade do período de um ano fechado supera o patamar prometido. A carteira de crédito do Unibanco cresceu 25,4% para R$ 39,875 bilhões, em linha com o mercado, ampliando sua fatia dentro dos ativos totais do banco, que aumentaram 15,73% para R$ 91,831 bilhões. Com isso, as receitas de crédito aumentaram 26,66% para R$ 9,629 bilhões, crescendo mais do que os ganhos com títulos e serviços. As operações de crédito, informou o vice-presidente Geraldo Travaglia, foram responsáveis por 42% do lucro líquido de 2005 em comparação com 38% em 2004. Já a tesouraria perdeu espaço e recuou de 9% para 6% do lucro. E o ganho com tarifas ficou com uma contribuição estável de 25% do lucro líquido. Travaglia notou que o vigoroso crescimento do crédito exigiu um reforço das provisões. As despesas com provisões cresceram 45,9% para R$ 1,904 bilhão elevando o saldo para R$ 2,1 bilhões, o equivalente a 5,3% da carteira. Desse total, R$ 441 milhões excedem as exigências do Banco Central (BC). Ainda assim, a margem financeira aumentou 29,2% para R$ 8,397 bilhões por causa da ênfase nas operações de maior spread de um lado e no esforço de captação de recursos mais baratos, por meio do produto Superpoupe. A participação do crédito de varejo no saldo total da carteira chegou a 56% no final do ano, em comparação com 54% em 2004 e 50% em 2003. A carteira de crédito de pessoas físicas cresceu 31,1% no ano para R$ 15,170 bilhões. A Merrill Lynch ressaltou em avaliação aos clientes que o Unibanco aumentou as operações de crédito para pessoa física em 8% no quarto trimestre, o dobro dos 4,4% de crescimento das operações com recursos livres do mercado financeiro. As units do Unibanco subiram 4,87% ontem para R$ 36,60 cada, em um dia em que o índice Bovespa teve alta de 2,73%. Um destaque foi a carteira do cartões de crédito que saltou 43,2% no ano e 20,3% apenas no quarto trimestre para R$ 4 bilhões. Em março de 2004 o Unibanco adquiriu do grupo holandês Ahold, a Hipercard Administradora de Cartões de Crédito por R$ 630 milhões, incluindo ágio de R$ 415 milhões. O Hipercard era o cartão da rede de supermercados Bompreço, forte no Nordeste. Agora, é o cartão da rede Wal-Mart, que adquiriu o Bompreço e também está em expansão no Sul, onde comprou o Sonae, agregando 2 milhões para o plástico. O Unibanco ampliou em 40% a base de cartões no ano passado para 13 milhões de plásticos, compensando com vantagem, segundo Travaglia, a venda na participação da Credicard. "Depois da compra do Nacional, o negócio estratégico mais importante do Unibanco foi o Hipercard", disse o executivo. Outro destaque foi a expansão do financiamento ao consumo, conduzido pela Fininvest e pelas parceria com o Magazine Luiza e com o Ponto Frio, que cresceram 13,9% no quarto trimestre. A parceria com o Wal-Mart, segundo Travaglia, também favoreceu o aumento de 30,3% das operações de crédito com pequenas e médias empresas no ano para R$ 7,335 bilhões. A forte expansão do crédito não foi acompanhada, como costuma acontecer, de uma deterioração da qualidade da carteira. As operações de crédito classificadas entre AA-C representavam 92,3% da carteira em dezembro de 2005, em comparação com 91,0% em 2004. O Unibanco fechou o ano com 20 milhões de clientes, incluindo os cartões e as operações de financiamento ao consumo. Desse total, 5,5 milhões são clientes do banco.
A oposição Bancária de Mogi das Cruzes e região tem por objetivos, juntamente com a Oposição Bancária Nacional, resgatar a autonomia e independência frente a governos, partidos e patrões, há muito deixados de lado pelo movimento sindical da CUT e colocar novamente os sindicatos a favor da luta dos trabalhadores.
AGORA É GREVE!
Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!
NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS
GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!
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