16:00 21/03, atualizada às 20:58 21/03
Tiago Pariz, repórter Último Segundo em Brasília
BRASÍLIA – A oposição passou a acusar uma diretora da Caixa Econômica Federal pela divulgação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. O PFL quer convocá-la para depor na CPi dos Bingos.
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Leia abaixo o texto
A Caixa abriu inquérito na segunda-feira para apurar o vazamento da informação. Três senadores da CPI, Flávio Arns (PT-PR), Wellington Dias (PMDB-MG) e Álvaro Dias (PSDB-PR) reuniram-se com o presidente da Caixa, Jorge Mattoso, para pedir agilidade nas apurações.
“São cerca de 200 milhões de operações diárias e centenas de sistemas corporativos empresariais, A dificuldade de conseguir o resultado é muito grande”, afirmou o presidente da Caixa, acrecentando ser necessário o extrato original de Santos Costa e que já pediu à CPI que colabore com o que for possível. A informação pode demorar até 15 dias, segundo Mattoso, que pediu colaboração da CPI para ter acesso ao original do extrato de Francenildo.
A suspeita de que o vazamento tenha sido feito por uma diretora da Caixa foi confirmada pelo senador Álvaro Dias.
Santos Costa foi caseiro da residência alugada por assessores e ex-funcionários da prefeitura de Ribeirão Preto, na época em que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, administrava a cidade do interior paulista. O ministro rechaçou as acusações feitas pelo caseiro de que o viu na residência. A “república de Ribeirão”, como era conhecida a casa, era usada como escritório de lobby e de confraternização e entretenimento adulto.
Mas o PT responde à ameaça do PFL com a possibilidade de voltar ao Supremo Tribunal Federal caso a CPI dos Bingos insista em atuar fora do foco das investigações. "A CPI não pode se tornar um órgão de investigação em nome da disputa política. É por isso que ela constitucionalmente deve ter um fato determinado. Uma CPI não pode extrapolar o fato determina", afirmou o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP).
Drible no governo
O caseiro entregou nesta terça-feira à CPI dos Bingos autorização para que sejam quebrados os sigilos fiscal, bancário e telefônico. O presidente da Comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB), afirmou que encaminhará o pedido já amanhã. E o clima no plenário do Senado voltou a esquentar com a disputa entre governistas e oposicionistas.
“O Francenildo quer deixar claro que está falando a verdade. Ele não teme e não treme. Estamos abrindo o sigilo que já foi aberto”, afirmou o advogado do caseiro, Wlício Chaveiro Nascimento, ao entregar a autorização a Efraim.
A disputa política em torno do caseiro voltou a ficar quente no plenário do Senado. A líder do PT, senadora Idelli Salvatti (SC), propôs que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), repassasse as fitas de segurança para saber com quem Santos Costa reuniu-se antes de dar a entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo".
O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) reagiu imediatamente dizendo que esteve com o caseiro em seu gabinete e que fez os contatos com a imprensa para arranjar a entrevista. O palamentar tucano afirmou que se reuniu com Santos Costa depois de o depoimento de Francisco Chagas Costa na CPI dos Bingos que também afirmou ter visto Palocci na residência.
O clima ferveu no plenário e coube ao líder do governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP) desautorizar Idelli e afirmar que entendia desnecessário a proposta de requisitar as fitas de segurança. A temperatura baixou, mas não o suficiente para enterrar as discussões.
Desde que surgiram as acusações, o ministro da Fazenda tem adotado uma postura frugal evitando exposição à imprensa, mas a vida política de Palocci complicou-se e a disputa acirrou-se depois de o PT conseguir liminar no Supremo Tribunal Federal para impedir o testemunho de Santos Costa na CPI dos Bingos.
A autorização repassada pelo caseiro à CPI ainda tem de ser votada pelos integrantes da Comissão. Mas não devem surgir dificuldades pela aprovação. “Amanhã mesmo já darei encaminhamento a esse tema. E tenho certeza de que ninguém vai contestar já que a iniciativa é dele mesmo”, afirmou o senador Efraim Morais.
O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) pretende propor que Palocci seja enquadrado por crime de responsabilidade no caso da suposta quebra de sigilo ilegal do caseiro da “república de Ribeirão”.
A oposição Bancária de Mogi das Cruzes e região tem por objetivos, juntamente com a Oposição Bancária Nacional, resgatar a autonomia e independência frente a governos, partidos e patrões, há muito deixados de lado pelo movimento sindical da CUT e colocar novamente os sindicatos a favor da luta dos trabalhadores.
AGORA É GREVE!
Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!
NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS
GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!
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