O povo brasileiro não merece ver os movimentos sindical e social a mercê de oportunistas que sempre trazem na ponta da língua terem uma história de luta pela classe trabalhadora. Desgraçadamente em nossa história algumas centrais sindicais nasceram e cumpriram seus papéis, até serem cooptadas pelos sucessivos governos de plantão. A CGT/Contec era combativa, até um dia sofrer intervenção e ser cooptada pelos generais da ditadura militar.
Mas tem aquela central, a Força Sindical (não seria farsa?), que já nasceu contaminada da generosidade financeira dos patrões, além da governamental. Quer dizer, a Força Sindical é filha do conluio de interesses do governo Collor com a poderosa FIESP. Por seu turno, a CUT cumpriu importante papel na história nacional, mas hoje os Delúbios da vida dão o norte político que conduz a Central Única para a inação e a cooptação, antes tão condenada na CGT de Joaquinzão, líder operário preferido pelo patronato da FIESP e o governo da ditadura militar.
Os trabalhadores e os brasileiros em geral continuam a aguardar também a devida e antiga prometida distribuição da renda produzida em território nacional. Mas até quando esperar, se as centrais hoje existentes estão bem acomodadas com cargos e verbas governamentais? A CUT e a Força Sindical, hoje parceiras umbilicais, dão as cartas das próximas reformas previdenciária, sindical e trabalhista nos dois lados do balcão, o do governo e o que eles dizem ser dos trabalhadores. Para tanto, está aí o Luiz Marinho, ex-presidente da CUT, ex-Ministro do Trabalho e agora da Previdência. Tem ainda o Antonio Medeiros, ex-presidente da Força Sindical e atual secretário executivo do Ministério do Trabalho.
E o mais triste nisso tudo é que fatos que deveriam ser esperançosos, na verdade assustam. É o caso do deputado federal Cândido Vacarezza (PT-SP e ex-dirigente da CUT). Ele apresentou projeto que tramita na Câmara Federal para revisar e extinguir vários artigos da CLT com o objetivo de flexibilizar mais direitos trabalhistas.
Aos bancários do Maranhão caberá uma importante decisão com respeito a estes acontecimentos. O Encontro Estadual da categoria em 27/01/2008 aprovou para a segunda quinzena de maio/2008 um plebiscito que definirá a desfiliação, ou não, do SEEB-MA da CUT. Então, o momento é de reflexão sobre o caminho palmilhado pela CUT e os desmandos dos cutistas da hoje Contraf, antes CNB. Os fatos acumulados nas campanhas salariais de 2003 a 2007 são fortes o suficiente para bem sabermos de que lado eles hoje estão. Nunca é demais lembrar o quão tem sido falacioso o discurso de unidade da categoria em torno de uma mesa única de negociação. Basta observar que o pessoal do BASA e BNB até hoje marcha desprotegido e sem a PLR definitiva porque os acordos coletivos da campanha salarial 2007/2008 ainda não foram assinados.
Pois é, de há muito os bancários têm perdas acumuladas, além de que, ora coagidos pela penúria financeira e ora pelo assédio moral patronal, em troca de quimeras, firmam-se acordos espúrios para abrir mão de históricos direitos. Assim foi com o anuênio nos bancos privados, assim é hoje e será até os próximos trinta dias na Caixa Econômica Federal com a volta do Novo Plano da Funcef, sob as bençãos da direção da Caixa e da Contraf/CUT.
Vamos pensar bem, caminhar ao lado de traidores é obtusidade e não sensatez. O debate está posto, nos próximos três meses é necessário fazermos esta importante discussão.
David Sá Barros, Sec. Comunicação SEEB-MA
A oposição Bancária de Mogi das Cruzes e região tem por objetivos, juntamente com a Oposição Bancária Nacional, resgatar a autonomia e independência frente a governos, partidos e patrões, há muito deixados de lado pelo movimento sindical da CUT e colocar novamente os sindicatos a favor da luta dos trabalhadores.
AGORA É GREVE!
Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!
NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS
GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!
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