Os trabalhadores brasileiros continuam a esperar o dia em que serão tratados com respeito, nunca menor ao dispensado às outras forças produtivas das riquezas nacionais.
Mas apenas esperar isso acontecer nunca foi e não é suficiente. Quando lida com os trabalhadores, a cada dia fica mais evidente que o governo Lula é capaz de entregar ao mercado o que FHC jamais conseguiu. Dentre outros feitos, há dois que tipificam esta característica nada admirável: 1) taxar a aposentadoria com imposto para sustentar a aposentadoria já obtida; 2) fazer uma reforma da previdência para adotar mudanças prejudiciais aos trabalhadores, cujas medidas eram antes pública e enfaticamente repelidas pelo PT e seu braço sindical, a CUT.
Estamos em pleno século XXI e temos no Brasil o governo do PT e sua ampla coalizão de conservadores da direita, os quais sempre participaram dos sucessivos governos desde a ditadura militar. Será que os bancários ao elegerem Lula esperavam ver José Sarney mandar e desmandar neste governo? Será que contavam com Édson Lobão na Esplanada dos Ministérios? E os bancos federais, quem em sã consciência imaginaria vê-los loteados em troca da “governabilidade”, mera reprodução da antes tão repudiada política “é dando que se recebe”.
Para se ter uma idéia, vejamos o problema no que cabe aos maranhenses no latifúndio das barganhas da politicalha nacional: o BASA tem João Alberto (PMDB-MA) na diretoria; o BB criou um cargo na direção geral para abrigar Maguito Vilela (PMDB-GO); um dos filhos de Édson Lobão está agraciado na presidência da Brasilcap. Por seu turno, Epitácio Cafeteira (PMDB-MA) ameaçou abandonar a “base aliada” e com isso conseguiu emplacar no INCRA-MA Benedito Terceiro (PMDB-MA), ex-vereador de São Luís. Essa manobra desbancou Raimundo Monteiro, candidato derrotado ao governo do Maranhão em 2002, militante histórico do PT e ex-presidente da CUT-MA. Há outros casos, este espaço não cabem todos.
Ora, do jeito como continuam a funcionar as coisas no Brasil, não é por acaso que ainda somos uma grande nação de contrastes. O Estado de São Paulo abriga a segunda frota mundial de helicópteros. A primeira voa em Nova Iorque (EUA). Aqui e lá, esses caríssimos meios de locomoção estão a servir aos barões como motos e auto-táxis servem aos cidadãos comuns. E ainda assim, até hoje, a maioria do povo brasileiro é quem sente na carne e no dia-a-dia a surra dos indicadores sociais com recordes negativos. Na Saúde, a febre amarela e a dengue vão bem, mas muita gente anda de mal a pior.
No âmbito de sua política de comunicação social, o Palácio do Planalto joga perigosamente ao esperar do senso popular comum a fácil conclusão de que, sem o dinheiro da CPMF, uma piora no caos que já é a Saúde pública recairá nos ombros dos opositores com viés mais à direita, no caso o DEM e o PSDB. E em conseqüência do revés na aprovação da CPMF, haja cortes no orçamento da União onde mais afeta o povo. Sem dó nem piedade, o Poder Executivo já cancelou dezenas de concursos públicos que empregariam dignamente milhares de brasileiros.
Enquanto isso, de modo implacável, haja chuva ou faça sol, permanece do mesmo tamanho o desvio anual de dinheiro público para bancar o “sagrado” trinômio superávit primário – juros altos – câmbio flutuante. Mas afinal, a quem serve a atual política econômica senão para remunerar fartamente as vinte mil famílias brasileiras que flanam de helicóptero e jatinhos executivos. Ora direis, é gente muito fina e cara. Pois então bancá-los custa a bagatela de R$ 165 bilhões/ano, isto é, equivalem duas vezes os gastos públicos de 2006 com as rubricas Saúde (R$ 39,7 bi), Educação (R$ 17,3 bi), Assistência Social (R$ 21,5 bi), Segurança Pública (R$ 3,4 bi) e Organização Agrária (R$ 4,2 bi).
Quanta dureza, não é mesmo? Então venham logo outros carnavais e copas do mundo que o povo brasileiro não é de ferro mesmo!
A oposição Bancária de Mogi das Cruzes e região tem por objetivos, juntamente com a Oposição Bancária Nacional, resgatar a autonomia e independência frente a governos, partidos e patrões, há muito deixados de lado pelo movimento sindical da CUT e colocar novamente os sindicatos a favor da luta dos trabalhadores.
AGORA É GREVE!
Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!
NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS
GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!
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