A necessidade de uma alternativa para a próxima campanha
Essa campanha salarial acabou com um golpe da direção do movimento se juntando à direção do BB e da CEF votar nas assembléias o fim da greve. Depois de tantas traições, o fim da greve ficou como um gosto amargo na garganta da categoria que não queira o seu fim, mas também ficou como uma lição de que é preciso construir uma outra direção para o movimento.
Portanto, para as próximas campanhas salariais além da greve a categoria sabe que é preciso discutir o problema da direção da campanha. Isso é o que precisamos discutir neste momento.
O MNOB está chamando todos os que fizeram greve e foram contrários ao Comando Nacional da Contraf/CUT, para se construir uma alternativa de direção para negociar no ano que vem em nome dos trabalhadores.
Essa alternativa tem que ser democrática e de luta, estar a disposição da defesa dos direitos dos trabalhadores, respeitando a vontade soberana da maioria da base. Também é importante que essa alternativa seja independente de partidos e governos, tendo como objetivo a vitória das lutas da categoria.
Nossa proposta é a construção de uma Associação Nacional que organize essas lutas da categoria. Para as próximas campanhas salariais e para as lutas que virão contras as Reformas do governo precisaremos nos organizar por fora das entidades dirigidas pela CUT que não vão fazer a mobilização dos trabalhadores serem vitoriosas.
Essa proposta de Associação não está acabada, ao contrário, queremos começar essa discussão na base sem uma proposta pronta. As ansiedades dos companheiros que já querem algo pronto tem que ser contidas porque o processo tem que ser o resultado de um debate na base.
Também queremos discutir com os sindicatos que criticaram a Contraf/CUT e que se disseram contrários a toda a política que foi ditada para esta campanha salarial, que agora sejam coerentes e construam um novo Comando Nacional de Negociação, com representantes eleitos na base, em assembléias da categoria. Essa experiência, inclusive, pode avançar e construir uma Federação dos sindicatos que sejam independentes da Contraf/CUT. Uma experiência coerente deste processo foi feito pelo sindicato de Bauru, que não só elegeu seu representante para o Comando de Base, como discutiu na assembléia da categoria que não iriam entregar para a Contraf/CUT a procuração do sindicato para que eles assinassem o acordo, o Sindicato de Bauru decidiu que ele próprio é quem assinaria o acordo e assim o fez.
Ficamos sabendo também que o sindicato de Santa Maria, no RS, não assinou o acordo e estava sem a PLR do BB resistindo contra o acordo rebaixado.
As possibilidades são muitas e precisamos avançar nas discussões com a categoria em nível nacional. Só um amplo debate na base é que poderá garantir a construção dessas alternativas.
Para isso, a idéia é realizar ainda neste final de ano Encontros Regionais que façam o debates sobre essas alternativas e construam um projeto de Associação Nacional dos Bancários.
No ano que vem, antes da campanha salarial, deveremos estar realizando um Encontro Nacional que vote a fundação da Associação Nacional dos Bancários. Temos a proposta do seguinte calendário para os Encontros Regionais:
Nordeste: Todo o Nordeste se reúnem em Natal 02/12; Centro-Oeste: Se reúnem em Brasília 09/12;
Norte: Se reúnem em Belém 02/12; Minas e RJ: Reúnem no Rio dia 25/11; São Paulo: capital e interior, se reúne no dia 25/11 na capital; PR e SC: Se reúnem em Floripa no dia 02/12; RS: capital e interior se reúnem em Porto Alegre no dia 09/12;
Nestes encontros ainda precisaremos debater a mobilização contra as Reformas do governo Lula e como nos engajarmos na luta que a CONLUTAS vai organizar junto as diversas categorias.
A oposição Bancária de Mogi das Cruzes e região tem por objetivos, juntamente com a Oposição Bancária Nacional, resgatar a autonomia e independência frente a governos, partidos e patrões, há muito deixados de lado pelo movimento sindical da CUT e colocar novamente os sindicatos a favor da luta dos trabalhadores.
AGORA É GREVE!
Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!
NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS
GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!
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