AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

13 julho, 2007

Motivos para lutar CONTRA à Mesa Única da Fenaban

Muitos bancários ainda nem sabem o que significa o termo Mesa Única, política imposta e implementada pela governista Contraf-CUT desde a campanha salarial de 2004.

O principal argumento usado pela Contraf para implementar a Mesa Única é de que a unificação de bancários de bancos públicos e de bancos privados na mesa da FENABAN (órgão patronal que representa os bancos privados nas negociações da campanha salarial) aumenta a força dos bancários para conquistar as reivindicações da campanha salarial.

Os bancários de bancos privados têm perdas acumuladas, desde julho de 1994, quando foi instituído o Plano Real, cerca de 27%, enquanto, a perda dos bancários da CEF no mesmo período atinge 98% e do BB 87%.

Pois bem. Com tal diferença de perdas entre bancários públicos e bancários privados, como, nós, bancários de bancos públicos, poderemos obter unificação de fato com os bancários privados?

A Mesa Única significa exatamente rebaixar o índice de reivindicação de reposição salarial dos bancários públicos, uma vez que, ao invés de as negociações dos bancários públicos se darem diretamente com os governos que são seus patrões diretos, se dão com os patrões dos bancos privados no patamar das perdas dos bancários privados.

A quem interessa essa política? Com toda certeza não é aos bancários públicos e nem aos privados, uma vez que, a cada ano que passa, a cada campanha salarial derrotada para os bancários públicos, estes gradativamente se desmotivam a “brigar” por migalhas diante de suas enormes perdas, deixando assim de juntar forças aos bancários privados na luta da campanha salarial.

A Mesa Única certamente divide e enfraquece a categoria bancária na medida em que faz os bancários de bancos públicos, que são os que mais tem condições de mobilização, se afastarem da necessária luta por suas reivindicações, uma vez que sabem de antemão que seu principal item da pauta de reivindicações será negociado no patamar rebaixado da FENABAN.

Portanto, o argumento da Contraf/CUT para defender a Mesa Única é falso, pois a Mesa Única implode a capacidade de uma verdadeira unificação e de uma forte mobilização.

Mas, se não são os bancários a ganhar, alguém está ganhando com a política da Mesa Única. Então, vejamos: o governo Lula é o principal beneficiado que pode continuar seguindo com sua política econômica subserviente ao FMI, ao imperialismo e à classe patronal interna e externa. Por sua vez, o governo, agradecido, beneficia seus apadrinhados nos sindicatos, encaixando-os em altos cargos que não exijam concurso público.

E, assim, os bancários, com uma direção sindical pró-governo e vendida se vê na condição de moeda política.

Podemos imaginar, então, o quão nefastas serão para os trabalhadores as reformas de interesse do governo, especialmente a sindical e trabalhista, assim como já foi e está sendo a da previdência, ajudado por um sindicalismo que tem o poder de desmobilizar qualquer luta salarial e anti reformas.

Por essas e por outras, é que, dizer NÃO à Mesa Única da FENABAN e ao peleguismo/governismo oPTado pela Contraf-CUT, é lutar pela verdadeira unidade e fortalecimento dos trabalhadores bancários.

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