AGORA É GREVE!

Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!

NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS


GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!

02 setembro, 2007

Contraf-CUT, aliada dos banqueiros e do governo Lula, contra os bancários

Aliada dos banqueiros, Contraf-CUT bate outra vez a porta na cara dos bancários de oposição

Já o presidente Vagner Freitas declara, em alto e bom som:
"a base não pode saber sobre o acordo de dois anos!"

Que marmelada!

A primeira rodada de negociação entre o comando dos bancários e a Fenaban, quinta, dia 23, em São Paulo, deixou algo de muito podre no ar. Acordo por dois anos, arrocho salarial, remuneração variável e sindicalização de terceirizados são alguns dos golpes já preparados pela Contraf-CUT, em seu eterno conluio com governo e banqueiros.

Parecia 2006. Mais uma vez, na base do "tratorzão", os dirigentes cutistas já foram logo exclamando: "só entra pra negociar quem for da CUT! Quem tem outra pauta e desautorizou a Contraf está fora da mesa!" Ou seja, nada de oposição na mesa dos banqueiros! A Contraf-CUT tratou de expulsar os bancários da sala. Afinal, se alguns bancários de verdade assistissem ao que ocorre lá dentro da sala, poderiam ver e ouvir coisas cabeludas, que desmascarariam ainda mais as sujas artimanhas dos dirigentes da Contraf-CUT, eternos defensores do governo e velhos amigos dos banqueiros.

Enquanto Carlos Cordeiro, secretário geral, pedia para que os demais dirigentes cutistas escondessem o miserável índice de 10,3% atrás de outras cláusulas banais, Vagner Freitas, presidente da mesma Contraf-CUT, ordenava que ninguém revelasse aos trabalhadores as negociações por um acordo de dois anos. A Contraf-CUT vem ajudando os banqueiros a implementarem três históricos projetos dos patrões: acordo bianual, regularização da remuneração variável e da terceirização de mão-de-obra. Realmente, a Contraf-CUT é o sonho de todo banqueiro.

Contraf também sacaneou na negociação 2006
A mesma truculência já fora adotada pelos cutistas na campanha passada.
Todos se recordam que o comando de base, composto por bancários grevistas eleitos por assembléias, também foi sumariamente barrado pela Contraf-CUT da mesa de negociações em 2006. Medo? Pode ser, afinal os bancários de oposição estão bem preparados politicamente para o embate e foram munidos de uma grande pauta alternativa de reivindicações.
Os trabalhadores acabaram representando um risco ainda maior para a Contraf-CUT, confederação reconhecidamente governista e traidora, que já vem agonizando entre os bancários, principalmente desde os vexames da campanha salarial do ano passado. Quem poderá se esquecer das históricas traições cutistas de 2006? Foi um festival de traições, que já começou com encontros viciados e pauta rebaixada. Depois, passaram por cima das assembléias,
boicotando a greve e fazendo conchavos com as direções dos bancos e apoiando a reeleição de Lula. Pra encerrar, deram uma rasteira nos grevistas, empurrando um péssimo e já rejeitado índice de 3,5% e enterrando a greve com a ajuda da administração dos bancos.

2007 tem que ser diferente
Basta de engolir sapo! Ninguém agüenta mais as campanhas salariais fajutas da Contraf-CUT. Por isso, os bancários de oposição construíram uma pauta de verdade e irão novamente à luta contra a orientação cutista. O Sindicato seguirá nesse mesmo caminho de enfrentamento, insistindo na negociação de uma pauta séria, limpa e coerente, defendendo as bandeiras históricas dos trabalhadores. Haverá nova rodada de negociação com a Fenaban, quinta 31, e o Sindicato marcará presença novamente para, junto com Maranhão, Rio Grande do Norte e Oposição, impor as verdadeiras reivindicações dos trabalhadores.
Todos à luta, até a vitória!

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