É com muita tristeza que vejo o movimento sindical trilhar o caminho que está trilhando atualmente, um caminho de frouxidão no trato da defesa de seus representados e, com mais tristeza ainda vejo a ingenuidade dos trabalhadores, inocentes perante as manobras políticas dos sindicalistas, com o objetivo de enfraquecer o poder de organização e luta dos trabalhadores em defesa de seus direitos perante os patrões e o estado capitalista. Não digo nem dos direitos trabalhistas conquistados com muita luta no passado, mas dos seus próprios direitos de seres humanos que são. Alienados em relação às mazelas do poder superestrutural, muitos trabalhadores acabam preferindo resignar-se diante do que lhes parece tão difícil mudar por estar tão distante de sua percepção, o que faz com que o poder de luta dos trabalhadores perca muito de sua força e, conseqüentemente as conquistas ou até mesmo, minimamente, a preservação de direitos fiquem ameaçados.
Apesar de entender o desânimo dos trabalhadores diante de tanta traição dos nossos sindicalistas, das encenações que eles chamam de negociações, não posso deixar de dizer aos colegas trabalhadores que a nossa atitude diante de tudo isso não pode ser o passivismo e muito menos o conformismo, pois isso é mais perigoso do que o próprio descaminho dos nossos representantes, pois prejudica extensivamente os próprios trabalhadores, seus familiares e fatalmente o futuro de toda a humanidade fica comprometido. O passivismo dos trabalhadores só pode levar à vitória da injustiça social generalizada e à completa barbárie e, tenho certeza absoluta que não é isso que queremos para nós e para nossos filhos, netos, bisnetos... Portanto, nós, que passamos nosso período que nos é dado viver nessa terra não temos o direito de achar que a história é imutável, que os trabalhadores não podem mudar nada, que a política superestrutural seja a única responsável pelas mudanças de rumo da sociedade; na verdade, essa ruma no sentido contrário às nossas necessidades. Os trabalhadores têm tamanho poder (embora eles próprios desconheçam), que podem destruir e reconstruir a estrutura social, tanto podem produzir e fazer desenvolver esse capitalismo cruel como pode parar de produzir e inviabilizar esse sistema forçando a um acerto de rumo para uma sociedade mais justa, e, se navegar é preciso, também é necessário tomarmos o controle do timão dessa embarcação das mãos da pequena minoria de gananciosos que a faz navegar somente no rumo de seus mesquinhos interesses.
A oposição Bancária de Mogi das Cruzes e região tem por objetivos, juntamente com a Oposição Bancária Nacional, resgatar a autonomia e independência frente a governos, partidos e patrões, há muito deixados de lado pelo movimento sindical da CUT e colocar novamente os sindicatos a favor da luta dos trabalhadores.
AGORA É GREVE!
Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!
NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS
GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!
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