*por Comissão Pastoral da Terra *
A propósito dos acontecimentos de 5 de Junho no parlamento, em Brasília envolvendo o Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST).
Este documento denuncia a arrogância e o desprezo com que os políticos conluiados do sistema (governo & oposição) tratam as classes sociais marginalizadas pelo capitalismo brasileiro. Os referidos políticos e os monopólios dos media não só não põem em causa a camisa de força do "superávit primário" (que determina que o grosso da arrecadação seja destinada em primeiro lugar ao capital imperialista) como travam a Reforma Agrária, tentam criminalizar a pobreza e pregam abertamente medidas truculentas e repressivas contra o povo. Mas autoridades policiais e militares responsáveis por inumeráveis massacres contra trabalhadores
permanecem impunes no Brasil. *
A Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra vem a público para se manifestar acerca dos acontecimentos da última terça-feira, 5, na Câmara dos Deputados, envolvendo militantes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) e servidores da casa.
A CPT sempre esteve e está ao lado dos trabalhadores e defende o direito de se manifestarem, mas lastima muito que a situação tenha chegado ao ponto que chegou, inclusive com agressões físicas aos servidores públicos.
Apesar de não concordar com todas as formas utilizadas pelos trabalhadores para expressarem suas reivindicações, a CPT compreende a justa indignação que toma conta não só dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, mas de grande parte dos cidadãos e cidadãs brasileiros, diante de um Congresso cujas últimas atitudes depõem mais contra a democracia que essa atitude
isolada dos trabalhadores.
De fato, o que pensar de um Congresso que, na votação do relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre a terra, rejeita o relatório oficial e aprova um substitutivo que, entre outras barbaridades, propõe que as ocupações de terra sejam tipificadas como crime hediondo e ato terrorista e, ainda, coloca os trabalhadores, vítimas da violência no campo, como responsáveis pela mesma?
Como não se indignar com tantos escândalos que surgem a cada dia envolvendo parlamentares em casos de corrupção e desvio de recursos públicos? O caso desvendado pela operação da Polícia Federal, denominada sanguessuga, é simplesmente um dos poucos que chegam ao conhecimento público.
E o que dizer da absolvição dos envolvidos no conhecido caso do "mensalão"?
Como ficar em silêncio, quando projetos, como o que propõe a expropriação de áreas onde se dê a exploração do trabalho escravo, ficam, durante anos, engavetados, mostrando o pouco ou nenhum interesse em enfrentar tamanha chaga social de nosso país?
Mas o que mais agride a consciência dos trabalhadores e trabalhadoras é ver, todos os dias, deputados e senadores dos partidos que sempre praticaram a corrupção e a defesa dos interesses particulares e de grandes grupos econômicos se arvorarem em paladinos defensores da ética e da moralidade
públicas.
A imprensa e a elite se apressam em divulgar com alarde a violência que acompanha alguma das manifestações dos trabalhadores, mas não abrem espaço para suas lutas, conquistas e reivindicações. Taxam como violência as ações dos trabalhadores, mas se negam a enxergar como violência a estrutura injusta que eles mesmos fazem questão de manter intocada, e que impede que
os trabalhadores do campo tenham acesso à terra. Não é violência a situação de mais de 200 mil famílias acampadas às beiras das estradas, às vezes por vários anos, em mais que precárias situações, à espera da terra sonhada e prometida? Não é violência as centenas de despejos de famílias de trabalhadores, tanto no campo, como na cidade? Onde estava a imprensa quando, no dia 19 de maio, no município Vargem Grande, Maranhão, uma comunidade quilombola inteira, a de São Malaquias, que vivia na área há mais
de 100 anos, foi violentamente despejada? Nem mesmo o velório de uma pessoa foi respeitado. A família se viu obrigada a levar o corpo para uma comunidade vizinha, enquanto a casa era destruída e queimada, como as demais.
A CPT espera que o episódio desta terça-feira ajude a que nossas autoridades abram os olhos diante da realidade sofrida do povo e se empenhe na busca de soluções eficazes e rápidas para poder atender às mais que legítimas aspirações de nosso povo. Espera também que a situação dos presos do MLST seja encaminhada com celeridade e se lhes dêem todos os benefícios previstos em lei, mas que costumeiramente são negados aos trabalhadores.
Goiânia, 8 de junho de 2006.
A oposição Bancária de Mogi das Cruzes e região tem por objetivos, juntamente com a Oposição Bancária Nacional, resgatar a autonomia e independência frente a governos, partidos e patrões, há muito deixados de lado pelo movimento sindical da CUT e colocar novamente os sindicatos a favor da luta dos trabalhadores.
AGORA É GREVE!
Depois de várias rodadas de negociação entre agosto e setembro, é os bancos dizendo não para todas as nossas reivindicações, agora não tem mais jeito, AGORA É GREVE!
NÃO COMPENSE AS HORAS DA GREVE - BANCOS NÃO SÃO ENTIDADES FILANTRÓPICAS
GREVE É DIREITO, NAO É DELITO!
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